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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Depressão tem cura

Depressão significa buraco. O Vaticano fez um congresso sobre esse assunto, porque eles estão preocupados com esse mal. Eu li o resumo do congresso e vi que são 300 milhões de pessoas no mundo que sofrem com esse mal. Precisamos tratar desse povo.

A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma. E a depressão é uma doença mais da alma que do corpo. E quem cuida da alma é o psicólogo e a religião. Essa enfermidade tem cura e a cura tem três caminhos:

- Procure um médico psiquiatra, ele pode dar remédio;

- É preciso um psicólogo para saber como se comportar diante das situações difíceis;

- O tratamento tem de ser físico e espiritual.

Não tenha medo de procurar os três tratamentos. A depressão é muito difícil de ser diagnosticada.

Uma pessoa deprimida pode apresentar: doença crônica, problema afetivo, falta de sentido para a vida, excesso de trabalho. Essas são causas. Mas o que ela sente? Muitos podem ser os sintomas da depressão, como: cansaço, pensamento de culpa, tristeza, autoestima baixa, falta de apetite, falta de vontade de rezar, fadiga, memória fraca, insônia, dificuldade para decidir, pensamento de morte, quedas de cabelo, entre outros.

O importante é saber que esse mal tem cura. Deus nos deu os psicólogos e temos também a família. Esta tem de cercar a pessoa e não deixá-la no buraco. Todos têm de se juntar e se unir.

Não adianta falar que a pessoa é fraca. Não importa por que ela está em depressão, você tem de tirá-la do buraco. Tem de ajuntar pai, mãe, irmãos, namorado, chamá-la para tomar um sol, sair, tomar um sorvete... Tem de tirar a pessoa do buraco com carinho e vagarosamente. É um ato de amor e caridade - e a família é importantíssima.

O deprimido tem de agir contra esse mal, ou seja, reagir, não pode se entregar à tristeza. Ele precisa cultivar a alegria e lutar para sair do buraco em que se encontra.

Como sair da depressão? Você tem de ver o valor que você tem. Só assim não ficará no fundo do poço. Só fica nesse local quem não dá valor a si mesmo. Você acredita que você é obra de Deus? Então, por que você deixa a obra d'Ele no buraco? Quem fica nesse lugar é lixo. E você é uma obra de Deus!

A primeira coisa que um deprimido tem de entender é que ele tem valor, que ele é alguém muito importante para Deus. Quando louvamos ao Senhor, damos voz e sentimentos a este mundo. Por que Jesus morreu na cruz? Por causa dos macacos, das galinhas? Não. Ele entregou a vida na cruz por causa de você, do valor que você tem. E Ele o ama individualmente. Nenhum de nós tem a mesma impressão digital, pois Deus não quis nos fazer em série, mas individualmente. A história do mundo é a história de cada um de nós. Ele sabe o meu nome, a minha angústia, a minha dor.

Quando Cristo morreu na cruz, Ele não carregava somente seus pecados, mas suas angústias e dores. Ele já venceu suas tendências, por isso você não precisa ficar deprimido por causa dos erros, pois Deus é "louco" de amor por você. Só o amor é mais forte que a dor e a morte. Olhe para a cruz e você verá o quanto Deus o ama.

Você quer a prova de que Deus o ama? Jesus disse que Ele pode ter 99 ovelhas, mas se tem uma perdida Ele deixa as 99 para buscar você. Se você é a ovelha deprimida, perdida, Ele larga as outras e vai buscar você.

Diga para sua depressão: "Eu não morrerei nesta depressão, porque sou filho de Deus - e filho de Deus não pode morrer no buraco!"

Não podemos abaixar a cabeça para a depressão. Se você perdeu um namorado e está com essa enfermidade, não olhe para o barulho do mar, olhe para Cristo. Para Deus não existe "beco sem saída". O Todo-poderoso está pronto para mover o céu a fim de que seu milagre possa acontecer, mas Ele não move um palha para fazer aquilo que você pode fazer.


Prof Felipe Aquino

Dom de operar Milagres

“Em verdade vos digo: se tiverdes fé como um grão de mostarda, podereis dizer a este monte: – muda-te daqui para ali, – e ele mudar-se-á. E nada vos será impossível” (Mt 17,20”

O dom dos milagres está intimamente relacionado com o dom das curas. Este se restringe aos problemas da saúda do homem, ao passo que o primeiro se estende também a eventos fora do homem e às leis da natureza. O dom dos milagres é também um dom do Espírito Santo. São Paulo também o inclui por ele mencionados, embora não o considere como o mais importante.

Hoje, será difícil encontrar alguém que creia na atualidade dos milagres, quase todos temos até medo dos milagres. Compreende-se que os não-crentes tenham medo dos milagres, pois esses são uma prova irrefutável da existência do sobrenatural. Eles são como uma luz que cega, um acontecimento revolucionário, uma força irresistível que obriga o homem a colocar-se de joelhos.

Não se compreende, todavia, que também os crentes tenham medo dos milagres. Teoricamente os crentes admitem os milagres, mas na prática, eles os julgam algo grande de mais para serem encarados pela mente humana, hoje tão evoluída. Em geral, não há dificuldade em aceitar os milagres do Evangelho ou da vida dos santos, mas quando se diz que aconteceu algum milagre nos nossos dias, até mesmo bons católicos sentem-se embaraçadas.

Testemunho:

Alguns anos atrás, em Nassau nas Bahamas, ouvi uma conferência de Mel Tari, jovem indonésio, sobre a atualidade dos milagres. Anteriormente eu já havia lido o seu livro: Like a mighty Wind e, por isso, foi grande o meu interesse e também a minha curiosidade em ouvir a conferência. Mel Tari narrou com simplicidade evangélica os milagres acontecidos na ilha de Timor, no tempo em que ele e mais alguns companheiros pregavam o Evangelho de aldeia em aldeia. Contou o conferencista, com todos os detalhes, como eles conseguiram atravessar a pé enxuto rios caudalosos, como multiplicaram o pão, como converteram a água em vinho e como ressuscitaram uma pessoa, morta há dois dias. Quando perguntei qual havia sido o segredo de tais prodígios, Tari me disse: as promessas de Jesus. Vocês ocidentais acreditam que a Bíblia é a história que narra as grandezas de Deus. Nós que a recebemos há seis anos, acreditamos que ela não é a história, mas que ela manifesta ainda hoje as grandezas de Deus.

Os milagres são tão necessários hoje como outrora. Se ao nível da vida natural o milagre pode parecer um acontecimento excepcional, no plano da salvação, de ordem sobrenatural, ele se manifesta como elemento normal e essencial. Na verdade, toda a história da salvação está cheia de milagres: a libertação do povo hebreu do Egito, a viagem pelo deserto, a conquista da Palestina, são grandes eventos acompanhados de milagres.

A vida de Cristo é repleta de milagres. Com o milagre em Caná da Galiléia, “Jesus deu início aos seus milagres e manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele” (Jo 2,11).

As promessas de Jesus são simplesmente infalíveis. “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim fará também ele as obras que eu faço, antes, fará até maiores, porque eu vou para o Pai” (Jo 14,12). “Nada vos será impossível” (Mt 17,20). “Tudo é possível a quem crê” (Mc 9,23). “Tende fé em Deus. Em verdade vos digo: se alguém disser a esse monte: – sai e lança-te ao mar – e não duvidar no seu coração, mas crer que o que diz se cumprirá, ser-lhe-á concedido” (Mc 11,22-23). Jesus nos garantiu que tais promessas são irreversíveis: “passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Mt 24,35).

Os cristãos aceitam facilmente os “grandes milagres”, como os chama santo Agostinho: a criação do mundo, o milagre da vida, mas relutam em admitir os “milagres menores”, isto é, os acontecimentos que subvertem os leis da natureza, graças à intervenção divina que se vale de leis superiores por Deus mesmo, para o governo do mundo.

O movimento renovação carismática quer recordar aos que lêem o Evangelho todos os dias que as promessas de Jesus são muito mais do que simples palavras. Todo cristã pode ter o dom dos milagres, como também pode ser objeto de milagres. Todo cristão é capaz de mover montanhas, não necessariamente de terra e pedras, mas montanhas de obstáculos. Todo cristão é capaz de transformar situações que para a lógica humana podem até parecer impossíveis.

Todo batizado, participa do poder de Cristo e, logicamente, poderá também fazer as mesmas obras que Jesus fez. Todos os crentes podem ter o dom dos milagres e não apenas alguns privilegiados. O dom dos milagres é cada para cada indivíduo , mas especialmente para a comunidade. O Espírito Santo prefere dá-lo mais à comunidade do que a uma pessoa taumaturga.


Fonte: www.portalcarismatico.com.br

São Pio V


Antonio Miguel Ghislieri nasceu em 1504, em Bosco Marengo, na província de Alexandria, e, aos quatorze anos, já ingressara na congregação dos dominicanos. Depois que se ordenou sacerdote, sua carreira atravessou todas as etapas de maneira surpreendente. Foi professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi e, finalmente, papa, em 1566, tomando o nome de Pio V.

A melhor definição para o seu governo é a palavra incômodo, aliás, como é o governo de todos os grandes reformadores dos costumes. Assim que assumiu, foi procurado, em Roma, por dezenas de parentes. Não deu "emprego" a nenhum, afirmando, ainda, que um parente do papa, se não estiver na miséria, "já está bastante rico". Dessa maneira, acabou com o nepotismo na Igreja, um mal que até hoje afeta as comunidades no âmbito político. Implantou, ainda, outras mudanças no campo pastoral, aprovadas no Concílio de Trento: a obrigação de residência para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o incremento das missões e a censura das publicações, para que não contivessem material doutrinário não aprovado pela Igreja.

Depois de conseguir a união dos países católicos, com a conseqüente vitória sobre os turcos muçulmanos invasores, e de ter decretado a excomunhão e deposição da própria rainha da Inglaterra, Elisabeth I, o furacão se extinguiu. Papa Pio V morreu no dia primeiro de maio de 1572, sendo canonizado em 1712.

Sua memória, antes venerada em 5 de maio, a partir da reforma do calendário litúrgico, passou a ser festejada nesta data, 30 de abril.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

E o Papa chorou...

"Quando Nietsche chorou"... é o título de um romance recente que tenta levar o leitor a mergulhar nas profundezas da alma de um filósofo que parecia insensível, mas que na realidade apenas tinha uma maneira diferente de sentir. Nestes dias em que a Igreja está sofrendo com os escândalos provocados por sacerdotes que assumiram um comportamento vergonhoso, muitos olham para o Papa Bento XVI, tentando desvendar o que se esconde por trás de seu rosto aparentemente frio. E certamente há mesmo aqueles que, de alguma forma, se alegram com o olhar cansado do Papa, pois são incapazes de deixar de ver nele o que julgavam ser o olhar duro do Cardeal Ratzinger.

Quando Nietsche chorou, ele abriu seu coração, e revelou-se um ser humano como outro qualquer, sujeito a dores e sofrimentos. Por isso mesmo, um ser extremamente sensível, apenas que sua sensibilidade era recatada. Pelo que foi noticiado há dias, Bento XVI chorou. E com certeza esta não foi a única vez que lágrimas furtivas brotaram de seus olhos. É que, segundo o testemunho de quem o conhece mais de perto, ele sempre foi extremamente sensível para com as pessoas, amigo da música e das artes, além de um filósofo e teólogo que vem marcando o pensamento cristão há décadas.

Quando se fica num plano mais imediato não é preciso dizer o porquê das lágrimas de Bento XVI, pois uma certa mídia já se encarregou de explorar, de maneira impiedosa, não só o comportamento daqueles sacerdotes, mas o comportamento do próprio Papa. Com isto até mesmo quem não nutre grande entusiasmo por sua maneira de ser não pode deixar de encontrar a razão de suas lágrimas e nem pode deixar de pressupor que sua cruz se tornou ainda mais pesada.

E no entanto, a razão mais profunda das lágrimas do Papa só serão devidamente compreendidas quando se recorda uma cena vivida por Jesus, quando, no alto do Monte das Oliveiras, chorou sobre Jerusalém. Chorou sobre aquela cidade que deveria brilhar como a luz do sol por abrigar o Templo de Deus, e que no entanto foi obscurecida por pequenos mas expressivos grupos que traíram a missão que Deus reservara ao Povo de Israel. As lágrimas de Jesus eram de decepção, e particularmente de compaixão.

Com certeza, Jesus era um homem sensível. Para constatar isto basta trazer à mente certas cenas nas quais se vê Jesus decantando a beleza dos lírios dos campos e do chilrear das aves do céu. Num nível mais profundo a sensibilidade de Jesus se manifesta no amor que nutria pelos que o seguiam, homens e mulheres, crianças e adultos, santos e pecadores, ricos e pobres. Talvez seja até por isso que escolheu Judas para ser um dos doze apóstolos, pois olhava a todos com os olhos de Deus e confiava na força misericordiosa do Pai e na consequente possibilidade de regeneração até dos maiores pecadores.

Num nível mais profundo ainda, Jesus não sentiu nenhum constrangimento em tomar as crianças no colo e proclamar que delas é o Reino dos céus. Entretanto, a maior expressão da sensibilidade de Jesus foi certamente aquela de condenar, com veemência, o pecado, mas procurar o resgate do pecador: "vai e não peques mais". Ele proclama várias vezes não ter vindo para os justos, mas para os pecadores; não veio para os saudáveis, mas para os doentes.

Ora, é à luz desta atitude de Jesus que se compreendem as lágrimas do Papa. Como qualquer homem, sobretudo com uma função tão especial dentro da Igreja, ele certamente teve vontade de pegar um chicote e expulsar os vendilhões do templo. E no entanto, ao mesmo tempo lá no fundo do seu coração, com certeza brotava outro sentimento: o de proceder como Jesus, sobretudo quando pendurado no alto da cruz, perdoando até o ladrão que pendia a seu lado. Bastou que este ladrão mostrasse seu arrependimento para ouvir aquelas palavras que jamais podem ser esquecidas: "ainda hoje estarás comigo no paraíso".

Essas considerações nada tem a ver com uma tentativa inútil de justificar o que é injustificável. Repetidas vezes a Igreja condenou a pedofilia como crime e como pecado, crime e pecado tanto mais graves quando cometidos pelos que deveriam ser exemplo de fidelidade aos mandamentos de Deus. E repetidas vezes a mesma Igreja deixou claro que, uma vez comprovada a culpa, os acusados seriam devidamente punidos e as vítimas socorridas. E com certeza é isto que acontecerá.

Mas onde estariam então as razões das lágrimas do Papa? Não deve ter sido muito comum ao longo da história da Igreja ver um Papa chorar. Uma das razões aponta para a vergonha que todas as pessoas da Igreja sentem diante de fatos similares. Outra razão aponta para a tentativa de, a partir de fatos lamentáveis, se tentar macular toda a Igreja de Cristo, e com isso soltar uma espécie de “grito de independência” ou de “liberação geral” de todos os valores evangélicos.

E no entanto, sem medo de errar, parece que a razão mais profunda das lágrimas do papa radicam num conflito doloroso que se estabelece quando se tenta unir justiça e misericórdia. Decepcionado como todo mundo, indignado como todo mundo, um Papa não pode simplesmente compartilhar de uma certa histeria que se apoderou de alguns setores da sociedade. Afinal, não apenas esses crimes e estes pecados infelizmente atingem milhões de pessoas afetivamente desestruturadas, como também não são os únicos crimes e pecados que bradam aos céus. Eles apenas são mais chocantes.

Finalmente e felizmente, as lágrimas do Papa não são o capítulo final da história. No caso de Jesus, que não só chorou, como também teve seu corpo marcado pelo suor e pelo sangue, o capítulo final aconteceu na manhã de Páscoa, quando Deus interveio e o ressuscitou dos mortos. A sexta feira santa nunca é o capítulo final. O capítulo final é sempre o da Ressurreição.

Quanto maior a queda, tanto mais propícia a oportunidade de se revelar a pedagogia divina: O mesmo Deus que derruba os poderosos de seus tronos, revela sua força na fraqueza humana. E Ele certamente vai indicar o caminho para que volte a brilhar a luz pascal no rosto hoje manchado de lama da Igreja porque um certo número de seus filhos mergulhou nela.


Prof. Dr. Frei Antônio Moser
Teólogo

Dom da Cura

Não somos nós que curamos; é Jesus. Cheio do Espírito Santo, Jesus saiu por todas as partes curando. Da mesma forma, o Espírito quer se manifestar em nós - que somos membros do Corpo de Cristo; as mãos, os pés do Corpo Místico de Cristo -, levando cura àqueles que dela precisam. Geralmente pensamos que a cura seja uma coisa extraordinária.


Não. Para o povo cristão, a cura que vem por meio de Jesus é algo normal, ordinário. O problema é que a nossa fé foi esfriando. Se o Senhor não tem feito curas, milagres, prodígios e sinais no meio do seu povo, é porque o povo não tem acreditado. De nada adianta o médico dar um bom remédio ao doente, se depois ele chega em casa e faz o contrário do que foi indicado: não pode beber e beber; não pode fumar e fumar; precisa deitar cedo e ficar até de madrugada fora de casa; não pode fazer esforço e sair por aí praticando esporte; não pode tomar sereno e não somente tomar sereno como até chuva, e se jogar na piscina... É claro que assim não adianta nada o médico ter dado o remédio.


O mesmo ocorre com o Senhor: Ele está querendo curar seu povo, mas seu povo infelizmente é rebelde; faz tudo contra Suas leis e mandamentos; e assim se perde pelos descaminhos da vida. A coisa mais importante para sermos curados pelo Senhor e conservados em plenitude de saúde é andar nos seus caminhos.


Grande parte das nossas doenças são chamadas psicossomáticas; são conseqüência de preocupação, ansiedade, angústia, ressentimento, rancor... Causam problemas de estômago, vesícula, rim, coluna, dor de cabeça, problemas respiratórios, pressão alta, baixa... São conseqüências de nossa vida desviada dos caminhos do Senhor.


O dom da cura e o dom da fé estão ligados. Porque acreditamos, oramos pelas pessoas, como Jesus mandou: “Em qualquer casa onde entrardes, dizei: Paz a esta casa. Se ali houver algum doente, orai por este doente. Recebestes de graça, de graça dai” (...). E o Senhor garante: “E a oração da fé salvará o enfermo. E o Senhor o levantará”.


Jesus não apenas mandou fazer, mas deu o exemplo. Os apóstolos viam Jesus fazendo constantemente isso. Quando Ele chegou à casa de Pedro, viu que a sogra de Pedro estava doente, com uma febre altíssima. Jesus orou por ela, orou com expectativa, e a cura aconteceu. Era assim constantemente, e os apóstolos aprenderam. Quando foram mandados dois a dois, ao voltarem contaram as maravilhas que o Senhor realizara.


Faça isso: comece a orar pelas pessoas, para que sejam curadas. Não espere juntar uma platéia para começar. Comece em casa. Em geral, é mais fácil começar pelas crianças. Crianças são muito sensíveis, não têm pecado, nem barreiras. A cura acontece muito facilmente nelas. Você vai crescer na fé, orando e vendo a cura se realizar; vai acreditar ao ver que o Senhor cura por meio de nós. O Senhor quer que você acredite nisso. Não é você que vai curar, porque o próprio dom de curar vem do Espírito Santo. É o Espírito que cura; nós somos apenas seus instrumentos.


Então, não tenha receio; comece orando por suas crianças, em casa. Por que não rezar o marido pela mulher e a mulher pelo marido, para serem ambos curados? Dormem juntos; por que não rezar um pelo outro? Não é preciso se envergonhar. O casal deve rezar; e assim, o Senhor fará maravilhas. Quando houver vizinhos doentes, vá visitá-los. Quando as coisas são feitas com simplicidade, funcionam. Ore com simplicidade e expectativa.


Tudo se faz em oração. È a oração que leva à cura. Baseado em S. Paulo, D. João Evangelista Martins Terra explica que “cada cura é um carisma especial”: Jesus, porque ama aquela pessoa, derrama o Seu Espírito sobre ela, dá um carisma especial, para que aquela pessoa seja curada.


Aja de acordo com sua . Ela será sempre do tamanho de um grão de mostarda: mas, uma vez que Deus lhe deu a fé, aja de acordo com ela; vá a Jesus, receba de Jesus o carisma e leve-o a quem dele precisa. Faça isso, e assegure à pessoa que estiver doente que o Senhor quer curá-la.


Quando acreditamos, o impossível acontece. Não basta que eu acredite; estou pedindo a Deus que você acredite, que lhe seja concedida a certeza da fé, e que você aja de acordo com a fé, porque para Deus nada é impossível. O Senhor quer hoje que nós, por meio dos dons, dos carismas, sejamos os portadores da cura de Deus.


“Obrigado, Senhor nosso Deus! Muito obrigado por tudo o que o Senhor faz, por tudo que o Senhor realiza. Amém!”

Fonte: www.wiki.cancaonova.com

Santa Catarina de Sena


Catarina era apenas uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. Mesmo analfabeta, talvez tenha sido a figura feminina mais impressionante do cristianismo do segundo milênio. Nasceu em 25 de março de 1347, em Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e ela era uma dos vinte e cinco filhos do casal. Fica fácil imaginar a infância conturbada que Catarina teve. Além de não poder estudar, cresceu franzina, fraca e viveu sempre doente. Mas, mesmo que não fosse assim tão debilitada, certamente a sua missão apostólica a teria fragilizado. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo.

Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição familiar. Aos quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o entendimento e a paz. Foi então que enfrentou a primeira dificuldade que muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico.

Dois papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos, e conseguiu que o papa legítimo, Urbano VI, retomasse sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o papado estava em Avignon e não em Roma, e a Cúria sofria influências francesas.

Outra dificuldade, intransponível para muitos, que enfrentou serenamente e com firmeza, foi a peste, que matou pelo menos um terço da população européia. Ela tanto lutou pelos doentes, tantos curou com as próprias mãos e orações, que converteu mais algumas centenas de pagãos. Suas atitudes não deixaram de causar perplexidade em seus contemporâneos. Estava à frente, muitos séculos, dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente.

Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas e editadas de alto valor histórico, místico e religioso, como o livro "Diálogo sobre a Divina Providência", lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Sua cabeça está em Sena, onde se mantém sua casa, e seu corpo está em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. Foi declarada "doutora da Igreja" pelo papa Paulo VI em 1970.


Santa Catarina de Sena, intercedei por nós!!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Dom da Fé

"Esta é uma arma que vence o mundo: a nossa fé" (1Jo 5,4)

O terceiro carismas das obras é a fé. Dom que o Espírito Santo colocou à nossa disposição para que possamos usufruir da própria onipotência de Deus. A fé é a nossa "energia atômica", capaz de aniquilar todas as forças infernais, é ela que nos desperta para acreditarmos convictamente em algo que não se vê, geralmente, de maneira natural.

Hoje, infelizmente o naturalismo e o ceticismo estão ganhando muito terreno. Hoje, submersos no materialismo e orgulhosos pela própria auto-suficiência os homens creêm que já não mais precisam crer. Creêm somente em si mesmos, nas próprias capacidades, nos seus talentos, no dinheiro, nos seus próprios planos.

Não confiam nos chefes políticos e consequentemente nos chefes religiosos, e ainda nos amigos e parentes, e lógicamente menos ainda nas coisas sobrenaturais.

Verdade é que na alma do povo ainda há um resíduo de fé, mas trata-se de uma fé tradicional, vaga, confusa, subjetiva e superficial. Não conhece o verdadeiro sentido dos dogmas e da doutrina católica.

A fé um dom de Deus; um raio de luz que parte de Deus para a alma humana, que para vingar deve encontrar um terreno adequado, deve ser aceita de coração e espírito aberto, pois o Espírito Santo não invade corações trancados. "A fé vem de pregação e a pregação é feita por mandato de Cristo" (Rm 10,17).

A crise de fé se verifica no povo cristão e até mesmo entre os seus líderes e pastores. Todas as crises morais, têm sua origem na crise da fé. O movimento de renovação carismática pretende ser, principalmente, um movimento de renovação da fé, encarando-a como virtude e como carisma.

A fé como virtude

Fé como virtude significa aderir às verdades reveladas por Deus, não pela credibilidade intrínseca dessas verdades, mas pela confiança que depositamos naquele qu no-las fez conhecer.

Nos grupos carismáticos vive-se da fé. Após o "batismo no Espírito", os artigos do Credo tornam-se misteriosa e surpreendentemente claros, evidentes e sublimes. Os próprios mistérios já não são comparáveis a muros resistentes contra os quais seria inútil bater a cabeça, mas são como oceanos de luz nos quais se anseia imergir com toda alegria.

Cristo torna-se, pela fé, o centro de sua vida, a alegria transbordante de cada respiro e o objeto predileto dos seus incessantes louvores.

Em tempos que se caracterizam pela revolta e pelo individualismo insubordinado, os carismáticos reafirmaram sua fé na igreja e a submissão incondicional aos seus legítimos representantes. Os carismáticos quase que instintivamente, encaram todos os acontecimentos, grandes e pequenos, alegres e tristes, à luz de Deus, procurando julgá-los sempre sobre o prisma da fé. seja qual for a circunstância, alegre ou dolorosa, as pessoas carismáticas só têm um comentário a fazer e uma só exclamação a proferir: "Deus seja louvado".

A virtude da fé encerra ainda um outro aspecto que deve ser relevado. A fé não é só adesão às promessas de Cristo. Em outros palavras, fé significa entrega total a Deus e à sua providência. Deus, ao criar-nos preparou um plano relativo a cada um de nós. Como seres conscientes precisamos descobrir o plano, aceitá-lo e colaborar com todas as nossas forças para que ele seja levado a bom termo.

"O justo vive da fé", diz o Apóstolo (Rm 1,17). O que vale dizer que a fé é o termômetro da nossa santidade.

Aquele que tem fé é uma pessoa que vive confiante na providência divina, não se deixa abater pelas dificuldades em meio as necessidades, pois sabe que o Pai que está no céus tudo providenciará e este como o Apóstolo poderá dizer: "sei em quem depositei minha confiança" (2Tm 1,12). E mesmo que tudo se manifeste contrário ao nosso ato de fé, continuamos a crer, sem indagar-nos como, por quais caminhos e meios o Senhor virá ao nosso encontro.

A fé como carisma

A virtude da fé, comum a todos os cristãos, difere do dom da fé, mencionado por Paulo: "a outro é dado o dom da fé" (1Cor 12,9). Este é realmente um dom sobrenatural do Espírito Santo, conferido em circunstancias especiais para dar cumprimento às obras de Deus. É Deus mesmo que, em determinada circunstâncias, faz com que a pessoa aja da maneira que ele quer. Há determinadas situações em que certas pessoas são revestidas de um poder sobrenatural, tornando-as capazes de ver claramente que Deus revelará o seu poder e sua bondade através de um sinal extraordinário. Em outras palavras o homem de fé percebe em si mesmo e com absoluta certeza, que o Senhor deseja realizar um milagre por meio dele. Ora essa revelação interna leva-o a agir com firmeza e a reagir contra as circunstâncias contrárias, como se ele estivesse vendo agora o que ainda irá acontecer depois.

O homem de fé não crê simplesmente que Deus pode fazer tal prodígio, mas que o fará de fato ou, antes, que ele já o fez. Essa foi, aliás, a atitude de profeta Elias ao fazer descer o fogo sobre o Monte Carmelo. Essa foi também a atitude de Pedro que, sem titubeios, disse ao coxo que se encontrava à porta do templo: "Em nome de Jesus nazareno, levanta-te e anda" (At 3,6). Noutra ocasião, o próprio Pedro ressuscitou o corpo de Tabita dizendo simplesmente: "levanta-te" (At 9,36). Paulo também agiu da mesma maneira quando, colocando-se sobre o corpo de Êutico, o abraçou e gritou para a multidão: "Não vos perturbeis, que ele está vivo".

Concluindo, podemos dizer que o dom da fé é um carisma relacionado com os de mais. O dom da fé serve de preparação para usar ou outros, principalmente o dom das curas e o dom dos milagres. Como os demais dons do Espírito, trata-se de um carisma concedido gratuitamente, embora nada nos impeça de pedi-lo, principalmente se a glória de Deus e o bem do corpo místico o exigirem.


Fonte: www.portalcarismatico.com.br

O que é Pentecostes?

É a palavra grega que significa “qüinquagésimo”, porque esta festa era celebrada 50 dias após a Páscoa (Lv 23.15,16). Chamada em hebraico de “shavuot”, plural de “shavua”, significa “semana”, mas é também conhecida como a Festa das Primícias, pois coincidia com o fim da colheita de trigo. O nome “Festa de Pentecoste” ficou assim conhecido, por ser realizada no qüinquagésimo dia após a Páscoa.

4.2 “Reunidos no mesmo lugar” (At 2.1)

Havia quase 120 discípulos, incluindo as corajosas e heróicas pessoas anônimas que tiveram participação efetiva na obra de Deus (At 1.15). O local era o cenáculo, em Jerusalém (At 1.13), onde perseveravam “unanimemente em oração e súplica” (At 1.14). À luz do contexto, “reunidos no mesmo lugar” fala da unanimidade de propósito, esperando a promessa do Pai.

Fonte: www.cleofas.com.br

São Pedro Chanel


Pedro nasceu no dia 12 de julho de 1803, na pequena Cuet, França. Levado pelas mãos do zeloso pároco, iniciou os estudos no seminário local e, em 1824, foi para o de Bourg, onde três anos depois se ordenou sacerdote.

Desde jovem, queria ser missionário evangelizador, mas primeiro teve de trabalhar como pároco de Amberieu e Gex, pois havia carência de padres em sua pátria. Juntou-se a outros padres que tinham a mesma vocação e trabalhavam sob uma nova congregação, a dos maristas, dos quais foi um dos primeiros membros, e logo conseguiu embarcar para a Oceania, em 1827, na companhia de um irmão leigo, Nicézio.

Foi um trabalho lento e paciente. Os costumes eram muito diferentes, a cultura tão antagônica à do Ocidente, que primeiro ele teve de entender o povo para depois pregar a palavra de Cristo. Porém, assim que iniciou a evangelização, muitos jovens passaram a procurá-lo. O trabalho foi se expandindo e, logo, grande parte da população havia se convertido.

Ao perceber que vários membros de sua família haviam aderido ao cristianismo, Musumuso, o genro do cacique, matou Pedro Chanel a bordoadas de tacape. Era o dia 28 de abril de 1841.

Foi o fim da vida terrestre para o marista, entretanto a semente que plantara, Musumuso não poderia matar. Quando o missionário Pedro Chanel desembarcou na minúscula ilha de Futuna, um fragmento das ilhas Fiji entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, não se pode dizer que o lugar fosse um paraíso.

A pequena ilha é dividida em duas por uma montanha central, e cada lado era habitado por uma tribo, que vivia em guerra permanente, uma contra a outra. Hoje o local é, sim, um paraíso para os milhares de turistas que a visitam anualmente e para a população, que é totalmente católica e vive na paz no Senhor.

E se hoje é assim, muito se deve à semente plantada pelo trabalho de Pedro Chanel, que por esse ideal deu seu testemunho de fé. O novo mártir cristão foi beatificado em 1889 e inscrito no Martirológio Romano em 1954, sendo declarado padroeiro da Oceania.

São Pedro Chanel, rogai a Deus por todos nós!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Dom da Interpretação das Línguas

Não é uma tradução. Quando uma profecia é proclamada em línguas, ou seja, com gemidos inefáveis, ininteligíveis, faz-se necessária a utilização do dom da Interpretação das Línguas, em que uma ou mais pessoas, respeitando-se a ordem, irá proclamar aquela mesma profecia em vernáculo, isto é, em linguagem inteligível, no idioma do grupo. É imprescindível que haja quem interprete uma profecia proclamada em línguas, sob pena de o povo não entender a mensagem divina a ele dirigida. Veja o que Paulo nos ensina acerca da Interpretação das Línguas em I Cor. 14, 13. 27-28.

O que é a interpretação de Línguas?

Se a oração em línguas edifica a pessoa, a fala em línguas deve receber interpretação, que é dom do Espírito Santo. A expressão falar em línguas sugere, então, uma mensagem que chega para a comunidade ou para uma pessoa no dom de línguas, e para que os ouvintes compreendam a mensagem, esta precisa ser interpretada. Se na assembléia não tiver ninguém que a interprete, então, o transmissor da mensagem deve silenciar-se.

O dom da interpretação de línguas não é um dom de tradução. Trata-se de uma moção, uma unção do Espírito Santo para se tornar compreensível aos membros da comunidade aquela mensagem do Senhor que chega pelo dom de Línguas.

A interpretação como um dom permanente

Assim, orar em línguas é um dom permanente, podendo-se dispor dele a qualquer momento para a edificação pessoal; e o falar, emitir uma mensagem do Senhor em línguas pode ser considerado uma carisma transitório (temporário), usado em determinados momentos; contudo, são sempre dons de Deus e carismas diferentes. Estes carismas podem se manifestar em qualquer membro da comunidade, segundo a vontade de Deus com a unção do Espírito Santo para que suas mensagens sejam passadas ao seu povo.

Na fala em Línguas, Deus pode nos dar uma Revelação, Profecia ou Palavra de Ciência, Doutrina, ou discurso em línguas. E nesses casos deverá ter interpretação. Quando se FALA em línguas, se pressupõe dom de línguas e o da interpretação, para que assim, se torne conhecido o pensamento do Senhor. Paulo diz: “Se não houver intérprete, fiquem calados na reunião” (v.28), por isso se indica que esse dom pode ser considerado permanente.

Como a interpretação se manifesta

A interpretação consiste “numa inspiração especial do Espírito Santo pela qual o agraciado é capacitado a dar sentido a uma mensagem vaga; este dom diz respeito ao conteúdo espiritual de uma mensagem; e quando uma mensagem em línguas recebe uma interpretação”.

Este dom se manifesta na mente da pessoa que recebe o significado da mensagem, e esta é movida a repassar com palavras inteligíveis a todos os presentes a mensagem que vem do Senhor. A mensagem em línguas pode ser curta ou longa, porém a interpretação dever ser concisa e clara, para que todos entendam. O Senhor não envia uma mensagem em partes, portanto, a interpretação deve trazer a mensagem em sua totalidade e não dividida em partes. Mais de uma pessoa pode receber a mesma interpretação de uma mensagem, nesse caso o comportamento deve ser o mesmo do utilizado nas profecias e dizer: Eu confirmo!

Há unção para a interpretação?

Sim, assim como há unção nas profecias e nas mensagens em línguas, vemos também, que há na interpretação. Podemos dizer que esta unção é uma espécie de um impulso para a interpretação, e quanto mais o intérprete se habitua a essa unção, mais fácil ficará de identificar o modo como o Senhor dita as palavras.

A interpretação deve ser correta e não contradizer as Escrituras, o magistério da Igreja ou o sesus fidei do povo de Deus. Caso contrário, a interpretação deve ser interrompida. O intérprete, ao proclamar uma mensagem, deve iniciar da seguinte forma: Eis o que o Senhor diz! Pois é em nome do Senhor que ele proclama a mensagem e não por si próprio.

Todo carisma, como o da interpretação, visa a edificação da Igreja; para isso deve ser pedido com humildade, abrindo-se sempre mais a ação do Senhor.


Fonte: www.portalcarismatico.com.br

Padre Pio: Sete Milagres

É muito difícil estabelecer uma definição para a palavra "milagre". Os Milagres são considerados expressões do sobrenatural. Nós também podemos dizer que um milagre é um fenômeno que ocorre contrário as leis naturais já conhecidas e obedecem a uma força superior: a de Deus.

A vida do Padre Pio é cheia de milagres. Mas nós temos que prestar atenção à natureza do milagre, que é sempre divina. Desta maneira o Padre Pio sempre convidou as pessoas a agradecer a Deus, verdadeiro autor dos milagres.

1 - SARANDO A QUEIMADURA
O primeiro milagre atribuído ao do Padre Pio, aconteceu em 1908. Naquela época ele morava no convento de Montefusco. Um dia ele decidiu ir à floresta para colher castanhas em uma bolsa. Ele enviou essa bolsa para sua tia Daria em Pietrelcina. Ela sempre foi muito afetuosa para com ele. A sua tia recebeu a bolsa e comeu as castanhas e depois guardou-a como lembrança.

Poucos dias depois sua tia Daria estava procurando algo em uma gaveta onde o seu marido normalmente guardava pólvora. Era noite e ela estava usando uma vela quando de repente a gaveta pegou fogo. O fogo atingiu Tia Daria e num instante, ela pegou a bolsa que tinha as castanhas de Padre Pio e a pôs na sua face. Imediatamente sua dor desapareceu e não ficou nenhuma ferida ou queimadura na sua face.

2 - DE ONDE VIERAM OS PÃES?
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália, o pão era racionado. No convento do Padre Pio havia sempre muitos convidados e pessoas pobres que iam até lá pedir comida. Um dia, os monges foram para o refeitório e perceberam que na cesta tinha aproximadamente um quilo de pão. Todos os irmãos rezaram e se sentaram antes de começar a comer e o Padre Pio foi à Igreja.

Depois de um tempo ele voltou com muitos pães nas mãos. O Superior perguntou para Padre Pio: "Onde você conseguiu os pães? " e Padre Pio respondeu: "Um peregrino à porta me deu ". Ninguém falou, mas todo o mundo concluiu que só Padre Pio poderia encontrar esse tal peregrino.

3 - QUEM REPÔS AS HÓSTIAS?
Uma vez no convento do Padre Pio, um frade deixou de colocar hóstias suficientes para a celebração, pois havia poucas disponíveis. Mas depois das confissões Padre Pio pegou as hóstias, começou a entregar a Sagrada Comunhão às pessoas e ao término da celebração sobraram muitas hóstias, mais do que eles tinham antes.

4 - ALGUÉM SEGUROU A CARTA?
Uma filha espiritual do Padre Pio estava lendo uma carta dele a beira de uma estrada. O vento fez a carta voar e rolar por uma ribanceira. A carta já estava longe quando deixou de voar e caiu e ficou presa numa pedra. Desse modo foi possível recuperar a carta. No dia seguinte ela se encontrou com o Padre Pio, que lhe disse: "Você tem que prestar mais atenção no vento da próxima vez. Se eu não tivesse posto meus pés na carta ela se teria perdido".

5 - O FILHO PERDIDO REAPARECE
A sra. Cleonice Morcaldi, filha espiritual do Padre Pio, disse: "Durante a Segunda Guerra Mundial meu sobrinho estava prisioneiro. Nós não tínhamos recebido notícias durante um ano e todo mundo acreditou que ele havia morrido. Os Pais dele pensavam a mesma coisa. Um dia a mãe dele foi ao Padre Pio e se ajoelhou em frente ao frade que estava no confessionário e disse: "Por favor, diga-me se meu filho está vivo. Eu não vou embora se você não me falar. Padre Pio simpatizou-se com ela e tendo piedade de suas lágrimas disse: "Levante-se e fique tranqüila".

Alguns dias depois, eu não pude resistir diante da dor dos Pais, e assim decidi pedir um milagre para Padre Pio. Eu disse: "Padre, eu vou escrever uma carta a meu sobrinho Giovannino. Eu só escreverei o nome dele no envelope por que nós não sabemos onde ele está. Você e seu Anjo da Guarda levarão a carta até ele." Padre Pio não respondeu.

Eu escrevi a carta e pus em minha mesa, de noite, para entregá-la na manhã seguinte ao Padre Pio. Ao amanhecer, para minha grande surpresa e medo a carta não estava mais lá. Eu fui correndo até o Padre Pio para lhe agradecer e ele me disse: "Dê graças a Nossa Senhora". Quase quinze dias depois nosso sobrinho respondeu a carta. Então toda nossa família ficou contente, dando graças a Deus e ao Padre Pio".

6 - CLARIVIDÊNCIA
Durante a Segunda Guerra Mundial o filho da Sra. Luisa, que era Oficial da Real Marinha Britânica, era motivo de angústia para a sua mãe, pois ela orava diariamente para a conversão e salvação do seu filho. Um dia um viajante inglês chegou a San Giovanni Rotondo, trazendo alguns jornais da Inglaterra. Luísa quis ler os jornais. Ela leu notícias do afundamento do navio em que o filho dela estava.

Ela foi chorando ver o Padre Pio, que a consolou imediatamente: "Quem lhe falou que seu filho morreu?" Na realidade Padre Pio pôde dizer exatamente o nome e o endereço do hotel onde o jovem oficial estava, depois de ter escapado do naufrágio no Atlântico. Ele estava naquele hotel a espera do novo cargo. Imediatamente Luisa lhe enviou uma carta e depois de 15 dias obteve uma resposta do seu filho".

7 - ESTAVA MORTA E VOLTOU À VIDA
Havia uma tal mulher nobre e boa em San Giovanni Rotondo que o Padre Pio disse que era impossível, achar qualquer falha em sua alma para perdoar. Em outras condições, ela viveu para ir para o céu. Ao término da Quaresma Paulina estava tremendamente doente. Os doutores não lhe deram esperanças. O marido dela e as cinco crianças deles foram para o convento rezar e pedir ajuda para Padre Pio. Duas das cinco crianças correram em direção ao Padre Pio chorando. O Padre Pio ficou perturbado; e então tentou consolá-los prometendo que ia rezar para eles, nada mais!

Alguns dias depois, mais ou menos às sete horas da manhã, as coisas mudaram. Na realidade ele pediu em favor de Paulina, de forma que isto a curou. E ele disse-lhes: "Ela se recuperará no Dia da Páscoa. Mas durante a sexta-feira Santa, Paulina perdeu a consciência, e ela logo depois no dia de sábado havia entrado em estado de coma; finalmente, depois de algumas horas, Paulina morreu.

Alguns dos seus parentes levaram o vestido de noiva dela para vesti-la, isto de acordo com uma velha tradição. Outros parentes correram para o convento para pedir um milagre ao Padre Pio. Ele lhes respondeu:" Ela ressuscitará. E foi para o altar para celebrar a Santa Missa. Quando o Padre Pio começou a cantar o Glória e o som dos sinos que anunciam a ressurreição de Cristo, ele deu um forte grito e os olhos dele estavam cheio de lágrimas.

No mesmo momento, Paulina ressuscitou e sem qualquer ajuda ela desceu da cama, se ajoelhou e orou três vezes o Credo. Então eles se levantaram e sorriram. "Ela ressuscitou". Na realidade o Padre Pio não tinha dito, "ela ressuscitará" e sim "ela se recuperará". Quando eles lhe perguntaram que se passou durante o tempo em que ela estava morta ela respondeu: "Eu subi, eu subi, eu subi; até que eu entrei em uma grande luz, e de repente eu voltei".

Santa Zita


Zita foi empregada doméstica durante trinta anos em Luca, na Itália. Hoje em dia, as comunidades de baixa renda sofrem grande injustiça social, principalmente quando trabalham em serviços domésticos, como ela, mas no século XIII as coisas eram bem piores.

Zita nasceu em 1218, no povoado de Monsagrati, próximo a Luca, e, como tantas outras meninas, ela foi colocada para trabalhar em casa de nobres ricos. Era a única forma de uma moça não se tornar um peso para a família, pobre e numerosa. Ela não ganharia salário, trabalharia praticamente como uma escrava, mas teria comida, roupa e, quem sabe, até um dote para conseguir um bom casamento, se a família que lhe desse acolhida se afeiçoasse a ela e tivesse interesse em vê-la casada.

Zita tinha apenas doze anos quando isso aconteceu. E a família para quem foi servir não costumava tratar bem seus criados. Ela sofreu muito, principalmente nos primeiros tempos. Era maltratada pelos patrões e pelos demais empregados. Porém agüentou tudo com humildade e fé, rezando muito e praticando muita caridade. Aliás, foi o que tornou Zita famosa entre os pobres: a caridade cristã. Tudo que ganhava dos patrões, um pouco de dinheiro, alimentos extras e roupas, dava aos necessitados. A conseqüência disso foi que, em pouco tempo, Zita dirigia a casa e comandava toda a criadagem. Conquistou a simpatia e a confiança dos patrões e a inveja de outros criados.

Certa vez, Zita foi acusada de estar dando pertences da despensa da casa para os mendigos, por uma das criadas que invejavam sua posição junto aos donos da mansão. Talvez não fosse verdade, mas dificilmente a moça poderia provar isso aos patrões. Assim, quando o patriarca da casa perguntou o que levava escondido no avental, ela respondeu: "são flores", e soltando o avental uma chuva delas cobriu os seus pés. Esta é uma de suas tradições mais antigas citadas pelos seus fervorosos devotos.

A sua vida foi uma obra de dedicação total aos pobres e doentes que durou até sua morte, no dia 27 de abril de 1278. Todavia, sua interferência a favor deles não terminou nesse dia. O seu túmulo, na basílica de São Frediano, conserva até hoje o seu corpo, que repousa intacto, como foi constatado na sua última exumação, em 1652, e se tornou um lugar de graças e de muitos milagres comprovados e aceitos. Acontecimentos que serviram para confirmar sua canonização em 1696, pelo papa Inocêncio XII.

Apesar da condição social humilde e desrespeitada, a vida de santa Zita marcou de tal forma a história da cidade que ela foi elevada à condição de sua padroeira. E foi uma vida tão exemplar que até Dante Alighieria a cita na Divina Comédia. O papa Pio XII proclamou-a padroeira das empregadas domésticas.

Santa Zita, rogai por todos nós!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dom da Variedade das Línguas

Para que serve? Como Recebê-lo?

Existe muita confusão na mente das pessoas a respeito do dom das línguas. Muitos pensam que falar em línguas significa ter o dom de ensinar a palavra de Deus em linguagem humana não aprendida anteriormente, como aconteceu em Pentecostes (At 2). Outros tiram do contexto certos textos de São Paulo e afirmam que Paulo desencoraja o uso deste dom. Embora provavelmente bem intencionadas, estas pessoas se enganam, porque um estudo discernido da Escritura vai mostrar-nos que há três aspectos no dom de línguas: em alguns casos é um sinal (miraculoso), freqüentemente é uma mensagem normal de Deus à assembléia, e na maioria dos casos é um belo dom de oração. Além disso, longe de menosprezar o dom, Paulo o tinha em alta consideração por seus vários usos.

Uso público

A maioria dos conselhos de Paulo sobre as línguas, na 1a Carta aos Coríntios, fala sobre o uso disciplinado das línguas nas reuniões públicas dos discípulos para oração e partilha. Ao dar este conselho, Paulo estava indo ao encontro das necessidades da Igreja de Corinto e respondendo às perguntas que lhe faziam (1Cor 7,1;11,18;12,1). Longe de desencorajar o uso das línguas, Paulo estava encorajando a usá-las com propriedade, para beneficio comum. No contexto público, duas funções possíveis eram preenchidas por este carisma: mensagem e sinal. Quando o dom é usado para levar uma mensagem, o que é falado à assembléia em línguas, deve ser inteligível. Dai Paulo aconselhar sobre a necessidade do carisma de interpretação (1Cor 14,5 e 27). Interpretação não é tradução, pois quem interpreta não compreende os sons estranhos pronunciados. Mas o intérprete é inspirado pelo Espírito a partilhar na fé a intuição ou a idéia do que seja a mensagem; nisto, é semelhante à operação da profecia. Paulo encoraja aquele que fala em línguas a pedir para si mesmo o poder de interpretá-las (1Cor 14,13).

O dom pode, também, servir de sinal: os sons estranhos articulados são, às vezes, inteligíveis por si mesmos, miraculosamente, sem a necessidade de interpretação. Neste caso, a pessoa para quem, o sinal é dirigido (1Cor 14,22) poderá compreender os sinais, porque eles são verdadeiramente linguagem humana de seu conhecimento. Isto é o que parece ter aconteci­do no dia de Pentecostes e, talvez, na conversão de Cornélio (At 2,4-12; At 10,45-46; ver também Mc 16,47). Vemos também os exemplos atuais disto.

O uso na oração pessoal

"Aquele que fala em línguas não fala aos homens, senão a Deus: ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob a ação do Espírito... (1Cor 14,2). Se eu oro em virtude do dom das línguas, o meu espírito ora, mas o meu entendimento fica sem fruto. (Outra tradução: minha mente não contribui em nada) (1Cor 14,14)”.

"Outrossim, o Espírito vem em auxílio de nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis." (Rm 8,26).

As línguas são uma ajuda à oração, feita para aqueles que em várias ocasiões se sentem "enfraquecidos" e incapazes de orar bem da maneira comum. É uma oração que não se baseia em conceitos. Daí, poder ajudar uma pessoa a orar a qualquer hora, mesmo quando estiver distraída, cansada ou ocupada em trabalho mecânico. Dá descanso à atividade frenética da mente, um valor apreciado pelos mestres espirituais de todas as tradições.

Tem muita semelhança com a oração de Jesus e com a oração de silêncio que é descrita no livro "The Cloud of Unknowing" (A Nuvem do Desco­nhecimento). Embora não seja conceitualmente compreendida por quem a usa, Paulo nos afirma que Deus, a quem a oração é dirigida, a compreende (Rm 8,27).

Podemos ver quão pura é esta oração. Em outras formas de oração, usamos pensamentos e imagens como meios de chegar a Deus. Nesta oração, vamos além deles, deixamos que eles fiquem para trás, à medida que nós chegamos ao próprio Deus. É um ato de fé muito puro. Talvez, nesta oração, pela primeira vez nós realmente agimos em "pura" fé. Muitas vezes nossa fé está apoiada em conceitos e imagens da fé. Aqui vamos, além deles, ao objeto da fé, deixando todos os conceitos e imagens para trás.

Também podemos notar quão cristã é esta oração. Pois realmente morremos para nós mesmos, ao nosso ser mais superficial, ao nível dos pensa­mentos, imagens e sentimentos, para podermos viver para Cristo. “Morremos” para os nossos pensamentos e imaginações, não importa quão bonitos sejam ou quão úteis possam ser. Deixamos que fiquem todos para trás, pois queremos um contato imediato com o próprio Deus, e não um pensamento, uma imagem ou visão dele somente a experiência de fé em Deus.

O dom é para uso no louvor a Deus, quando uma pessoa fica sem palavras ou idéias, e na oração de intercessão. Quando não se sabe o que pedir ou para quem orar, o Espírito está pronto para interceder através de nossos sons articula­dos (Rm 8,26).

A experiência dos que estão na Renovação Carismática diz que esta oração é eficaz e frutífera.

O dom é também útil como um meio de entrar na oração de contemplação, como têm testemunhado monges beneditinos e Trapistas, e também para combater eficazmente na batalha espiritual (Ef 6,10-11 e 18). Paulo nos lembra que estamos todos engajados na batalha espiritual. Nossa ba­talha continua não é com realidades humanas, mas com forças sobre-humanas contra as quais somos incapazes por nós mesmos. Daí nossa necessidade de usar toda a armadura de Deus e nos apoiar totalmente em seus dons e em seu poder. Este poder atingimos pela fé.

A experiência de Paulo e a experiência atual dos que estão na Renovação Carismática nos dizem que usar o dom das línguas é um bom meio de lutar contra o inimigo efetivamente devastador, e de vencer suas tentações.

Não é para menos que tantas vezes sejamos tentados pelo mentiroso a minimizar este dom e a deixar de usá-lo.

Uma Oração de Fé

Pelo fato de construir a nossa fé, o dom das línguas é, muitas vezes, chamado de porta de entrada para os outros dons - "o carisma limiar".

Para receber e usar todos os carismas, como a profecia, a cura, a palavra de ciência, e os demais, a pessoa precisa ter uma fé ativa e expressa.

Receber - entregar-se - ao dom das línguas dá à pessoa a experiência do que isto significa. Desta forma é o limiar para os outros dons.

No entanto, entregar-se ao dom das línguas não é pré-requisito para receber os outros dons. "Aquele que fala em línguas edifica-se a si mesmo... ora, desejo que todos faleis em línguas" (1Cor 14,4-5). Edificar significa construir, fazer firme e forte. Orar em línguas é um modo importante de construir nossa fé. Como exercitamos nossa fé, usando-a, seu uso freqüente torna-a mais forte. Quanto mais regularmente usamos o dom, rejeitando todas as tentações de dúvida e cansaço, mais nossa fé é edificada e construída. Por isso Paulo, cuja fé era tremenda, podia proclamar publicamente:

"Graças a Deus que possuo o dom de línguas, superior a todos vós" (1Cor 14,18).

Naturalmente, orar em línguas é apenas uma das muitas formas de oração. Os que estão na Renovação Carismática também usam muito a oração litúrgica, a Eucaristia, o oficio divino e outras formas tradicionais de devoção pública e particular. Paulo encoraja isto também, dizendo:

"Orarei com o espírito, mas orarei também com o entendimento (1Cor 14,15)”.

A oração em línguas não pode ser julgada por si mesma. Porque vai além do pensamento, além da imagem, nada fica pelo qual ela possa ser julgada. Na oração ativa conceitual podemos fa­zer alguns julgamentos depois que oramos: "Tive umas sensações boas", ou "Tive muitas distrações". Mas tudo isto é irrelevante a esta oração. Portanto, nada fica pelo qual ela possa ser julgada.

Existe, porém, uma forma que permite ao que é bom nesta oração ser confirmado para nós. Nosso Senhor disse: "Podeis julgar a árvore por seus frutos". Se formos fiéis a esta forma de oração, tornando-a uma parte regular do nosso dia, rapidamente iremos discernir o amadurecimento dos frutos do Espírito em nossas vidas.

Experimentei isto em minha própria vida e vejo-o sempre na vida dos outros.

Como receber o Dom?

Este dom, em seus três aspectos, é um meio e uma oportunidade de nos entregarmos totalmente mesmo o nosso intelecto! - ao senhorio de Jesus. "Se alguém tiver sede, venha a mim e beba, quem crê em mim, como diz a Escritura:"Do seu interior manarão rios de água viva" (Jo 7,37-38).

Se queremos receber este dom, devemos:

1. ANSIAR PELO DOM

Reflita sobre as Escrituras e esteja convencido, na mente e no coração, de que este dom é de Deus, dado à Igreja hoje, e à disposição dos fiéis. Lembre-se das palavras de Paulo: "Aspirai igualmente aos dons espirituais... desejo que todos faleis em línguas... graças a Deus, que possuo o dom de línguas superior a todos vós... aquele que fala em línguas não fala aos homens, senão a Deus... aquele que fala em línguas edifica-se a si mesmo... orarei com o espírito, mas orarei também com o entendimento... orai o tempo todo no Espírito" (1Cor 14,15; Ef 6,18).

2. VIR A JESUS E PEDIR O DOM DA ORAÇÃO.

Conte-lhe o desejo de seu coração. Peça com amor e fé.

3. ACEITAR O DOM DE JESUS NA FÉ E COMEÇAR A USÁ-LO.

Saiba que Deus ouviu sua oração. (Lc 11,13)

Fale deliberadamente em sons ininteligíveis enquanto sua atenção se concentra inteiramente em Deus.

Deve-se ter a intenção de que estes sons sejam para oração de louvor ou de intercessão. Inicialmente o dom pode ser muito rudimentar - as mesmas duas ou três silabas repetidas sempre. Mas o uso regular e persistente do dom - digamos uns quinze minutos todos os dias - levará em poucos dias a uma língua mais desenvolvida e satisfatória.

Nossa base para este método é a fé expectante tantas vezes ilustrada e encorajada na Escritura; por exemplo, em Jo 2,7-1 O; Lc 17,12-16; Mt 14,22-31. Aqui, as pessoas envolvidas tinham que dar o primeiro passo. Elas tinham que agir, sem levar em consideração o risco de que nada pudesse acontecer, e apoiando-se inteiramente na bondade de Deus e no desejo de agir. E porque acreditaram e agiram nesta fé, descobriram, para sua felicidade, que haviam real­mente sido abençoadas "Tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado" (Mc 11,24).

4. CONTINUAR A CRER E USAR ESTE DOM PARA ORAÇÃO.

Não há provas humanas possíveis para encorajar­nos a esta entrega ao dom. No entanto, seremos convencidos pela evidência que se seguirá ao seu uso constante. Por seus frutos em nossa vida, seremos capazes de julgar seu valor e sua autenticidade.


Fonte: www.portalcarismatico.com.br