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segunda-feira, 31 de maio de 2010

CASTIDADE E HOMOSSEXUALIDADE


A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.

§2358 Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.

§2359 As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.
Fonte: CIC - Catecismo da Igreja Católica

São Félix de Nicósia


Félix nasceu em Nicósia, na Itália, em 5 de novembro de 1715, filho de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, de origem humilde e analfabeto. Diz o postulador de sua causa de canonização, padre Florio Tessari: "Órfão de pai desde seu nascimento, era proveniente de uma família que conseguia sobreviver com muita dificuldade". Vivia próximo ao convento dos frades capuchinhos. Freqüentava a comunidade dos frades e admirava o seu modo de viver. Sempre que visitava o convento, sentia-se fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. Aos 18 anos de idade, em 1735, bateu à porta do convento, pedindo para ser acolhido como irmão leigo, por ser analfabeto. A resposta foi negativa. Porém insistiu muitas vezes, sem se cansar. Após dez anos de espera, foi acolhido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos com o nome de irmão Félix de Nicósia. Depois do noviciado e da profissão religiosa, foi destinado a Nicósia, onde permaneceu durante toda a vida, tornando-se, na cidade, uma presença de espiritualidade radicada no meio do povo. Afirma o padre Florio Tessari: "Analfabeto, mas não de Deus e de seu Espírito, Félix entendeu que o segredo da vida não consiste em indicar, com força, a Deus, a nossa vontade, mas em fazer sempre alegremente a vontade dele. Essa simples descoberta lhe permitiu ver sempre, em tudo e apesar de tudo, Deus e seu amor; particularmente onde é mais difícil identificá-lo. Deixando-se somente invadir e preencher-se de Deus, ia imediatamente ao coração das coisas, à raiz da vida, onde tudo se recompõe na sua originária harmonia. Para fazer isso não precisa muita coisa, não precisa tantas palavras. Basta a essencial sabedoria do coração onde habita, fala e age o Espírito". Morreu no dia 31 de maio de 1787. Foi beatificado pelo papa Leão XIII em 12 de fevereiro de 1888 e proclamado santo pelo papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pedro e as chaves do Reino


§553 Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: o que ligares na terra será ligado nos Céus, e o que desligares na terra será desligado nos Céus" (Mt 16,19). O "poder das chaves" designa a autoridade para governar a casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, "o Bom Pastor" (Jo 10,11), confirmou este encargo depois de sua Ressurreição: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,15-17). O poder de "ligar e desligar" significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à Igreja pelo ministério dos apóstolos e particularmente de Pedro, o único ao qual confiou explicitamente as chaves do Reino.

§567 O Reino dos céus foi inaugurado na terra por Cristo. "Manifesta-se lucidamente aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo. "A Igreja é o germe e o começo desde Reino. Suas chaves são confiadas a Pedro.

§881 Somente Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu em pedra de sua Igreja. Entregou-lhe as chaves da mesma, instituiu-o pastor de todo o rebanho. Porém, o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, consta que também foi dado ao colégio dos apóstolos, unido a seu chefe." Este oficio pastoral de Pedro e dos outros Apóstolos faz parte dos fundamentos da Igreja e é continuado pelos Bispos sob o primado do Papa.

§936 O Senhor fez de São Pedro o fundamento visível de sua Igreja. Entregou-lhe suas chaves. O Bispo da igreja de Roma, sucessor de São Pedro, é "a cabeça do colégio dos Bispos, Vigário de Cristo e, aqui na terra, pastor da igreja ".

§1444 Conferindo aos apóstolos seu próprio poder de perdoar os pecados, o Senhor também lhes dá a autoridade de reconciliar os pecadores com a Igreja. Esta dimensão eclesial de sua tarefa exprime-se principalmente na solene palavra de Cristo a Simão Pedro: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e o que ligares na terra ser ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16,19). "O múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, consta que também foi dado ao colégio do apóstolos, unido a seu chefe (cf. Mt 18,18; 28,16-20 )."


Fonte: CIC - Catecismo da Igreja Católica

São Germano de Paris


Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.

Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.

Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.

Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.

Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

ADIVINHAÇÃO - AÇÃO CONTRÁRIA A DEUS


§2115 ADIVINHAÇÃO E MAGIA

Deus pode revelar o futuro a seus profetas ou a outros santos. Todavia, a atitude cristã correta consiste em entregar-se com confiança nas mãos da providência no que tange ao futuro, e em abandonar toda curiosidade doentia a este respeito. A imprevidência pode ser uma falta de responsabilidade.

§2116 Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõe "descobrir" o futuro. A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão, o recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus.

§2117 Todas as práticas de magia ou de feitiçaria com as quais a pessoa pretende domesticar os poderes ocultos, para colocá-los a seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo - mesmo que seja para proporcionar a este a saúde - são gravemente contrárias à virtude da religião. Essas práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas de uma intenção de prejudicar a outrem, ou quando recorrem ou não à intervenção dos demônios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica freqüentemente práticas de adivinhação ou de magia. Por isso a Igreja adverte os fiéis a evitá-lo. O recurso aos assim chamados remédios tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes maléficos nem a exploração da credulidade alheia.

§2138 A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia

Santo Agostinho de Cantuária


A Grã-Bretanha, evangelizada desde os tempos apostólicos (o primeiro missionário que lá desembarcou teria sido, segundo uma lenda, José de Arimatéia), havia recaído na idolatria após a invasão dos saxões no século V e no VI. Quando o rei do Kent, Etelberto, desposou a princesa cristã Berta, filha do rei de Paris, esta mandou que fosse edificada uma igreja e alguns padres católicos viessem celebrar os sagrados ritos. Recebendo a notícia, o papa Gregório Magno julgou que os tempos estavam maduros para a evangelização da ilha. A missão foi confiada ao prior do mosteiro beneditino de santo André, Agostinho, cuja principal qualidade não deve ter sido a coragem, mas em compensação era muito humilde e dócil.

Partiu de Roma à frente de quarenta monges em 597. Fez uma parada na ilha de Lerins. As informações sobre o temperamento belicoso dos saxões amedrontaram-no de tal modo que voltou a Roma para suplicar ao papa que mudasse de programa. Para encorajá-lo Gregório nomeou-o abade e pouco depois, para fazê-lo dar o passo decisivo, apenas chegando na Gália, fez que fosse sagrado bispo. A viagem ocorreu igualmente em breves etapas. Por fim com a chegada da primavera, lançaram-se ao largo e chegaram à ilha britânica de Thenet, onde o rei, movido pela boa esposa, foi pessoalmente encontrá-los.

Os missionários aproximavam-se do cortejo real em procissão ao canto das ladainhas, segundo o ritual introduzido recentemente em Roma. Para todos foi uma feliz surpresa. O rei acompanhou os monges até à residência já fixada em Canterbury, no meio da estrada entre Londres e o mar, onde surgiu a célebre abadia que tomará o nome de Agostinho, coração e sacrário do cristianismo inglês. A obra missionária dos monges teve um êxito inesperado, pois o próprio rei pediu o batismo, arrastando com o seu exemplo milhares de súditos a abraçarem a religião cristã.

Em Roma a notícia foi recebida com alegria pelo papa, que expressou sua satisfação nas cartas escritas a Agostinho e à rainha. Juntamente com um grupo de novos colaboradores, o santo pontífice enviou para Agostinho o pálio e a nomeação de arcebispo primaz da Inglaterra, mas ao mesmo tempo admoestava-o paternalmente a não se ensoberbecer pelos sucessos obtidos e pela honra do alto cargo que lhe conferia. Seguindo as tradições do papa quanto à repartição dos territórios eclesiásticos, Agostinho erigiu outras duas sedes episcopais, a de Londres e a de Rochester, consagrando bispos Melito e Justo. O santo missionário morreu a 26 de maio de 1604 e foi sepultado em Canterbbury na igreja que traz o seu nome.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Aborto


A.4.1 Colaboração com o aborto

§ 2272

A cooperação formal para um aborto constitui uma falta grave. A Igreja sanciona com uma pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana. "Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae" "pelo próprio fato de cometer o delito" e nas condições previstas pelo Direito. Com isso, a Igreja não quer restringir o campo da misericórdia. Manifesta, sim, a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao 'inocente morto, a seus pais e a toda a sociedade.

O inalienável direito à vida de todo indivíduo humano inocente é um elemento constitutivo da sociedade civil e de sua legislação:

"Os direitos inalienáveis da pessoa devem ser reconhecidos e respeitados pela sociedade civil e pela autoridade política. Os direitos do homem não dependem nem dos indivíduos, nem dos pais, e também não representam uma concessão da sociedade e do Estado pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa em razão do ato criador do qual esta se origina. Entre estes direitos fundamentais é preciso citar o direito à vida e à integridade física de todo se humano, desde a concepção até a morte."

A.4.2 Cultura de vida e aborto

§ 2270

A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida.

Antes mesmo de te formares no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei (Jr 1,5). Meus ossos não te foram escondidos quando eu era feito, em segredo, tecido na terra mais profunda (Sl 139,15).

A.4.3 Preceitos morais e aborto

§ 2271

Desde o século I, a Igreja afirmou a maldade moral de todo aborto provocado. Este ensinamento não mudou. Continua invariável. O aborto direto, quer dizer, querido como um fim ou como um meio, é gravemente contrário à lei moral:

Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido.

Deus, senhor da vida, confiou aos homens o nobre encargo d preservar a vida, para ser exercido de maneira condigna ao homem. Por isso a vida deve ser protegida com o máximo cuidado desde a concepção. O aborto e o infanticídio são crimes nefandos.

§ 2274.

O diagnóstico pré-natal é moralmente licito "se respeitar a vida e a integridade do embrião e do feto humano, e se está orientado para sua salvaguarda ou sua cura individual... Está gravemente em oposição com a lei moral quando prevê, em função dos resultados, a eventualidade de provocar um aborto. Um diagnóstico não deve ser o equivalente de uma sentença de morte".

"Devem ser consideradas lícitas as intervenções sobre o embrião humano quando respeitam a vida e a integridade do embrião e não acar­retam para ele riscos desproporcionados, mas visam à sua cura, à melhora de suas condições de saúde ou à sua sobrevivência individual."

"É imoral produzir embriões humanos destinados a serem ex­plorados como material biológico disponível."


Fonte: CIC - Catecismo da Igreja Católica

NEM O TWITTER ESCAPOU...

"Voa passarinho.Voa para os braços do seu Senhor. Não importa quão sujo, retalhado, gozado e ultrajado você esteja, passarinho. Voa para os braços de quem ama você. E consagre-se, passarinho, porque você é Dele. Tudo o que respira Louve ao Senhor. Cuidado com os estilingues. Voa em segurança, passarinho. Voa, amiguinho. Alça voô e cante o Seu Deus. Que você sirva para servir, passarinho. " (Poema extraído de crônicas de umaROSAnaJANELA)

Que imagem, hein?! Ela é boa demais e mostra-nos tudo aquilo que o Twitter é e deve ser. E é meu ofício - e seu também - usar de todos os meios para dar boas notícias e notícias da vinda.


E na minha concepção Jesus foi o maior "twitteiro" que já existiu. Os créditos são do Senhor. Ele criou e alguém colocou um nome.

"Twittar" é passar a informação bem rápida, em curtas palavras e para o maior número de pessoas. Pois bem. Quem conseguiu fazer isso durante a pregação no monte? Jesus. "Felizes os puros porque herdarão o reino de Deus". Existe ser humano mais sucinto?

Quem conseguiu definir-se tão rapidamente e com tão poucas letras? Jesus. "Eu sou O Caminho, A Verdade e A Vida".

Quem conseguiu falar tão bem dos seres humanos como Jesus? "...Aqueles que me deste".

Quem abalou a estrutura do mundo em segundos? Jesus. "Pai, perdoá-lhes".

Quem têm mais seguidores? Faz-me rir os políticos e os astros da TV que acham que são os mais seguidos. E se isso acontecer a culpa é minha e sua que seguimos qualquer engraçadinhos falando "abobrinha" e não seguimos Jesus.

Quem quiser navegar por estas águas do Twitter têm que ser um bom cristão. caso contrário só escreverá "chatices". E olha que tem muitos católicos que só usam do Twitter pra divulgar partida de futebol, receita da velhinha da TV, festa e outras coisas. Que chatice. Bom mesmo é usar "da coisa" para falar do Bem, do Bom. Da Vida. Da Boa Notícia.

Obrigado Jesus, por oferecer-nos um instrumento como o Twitter. Tomara todos os católicos entendam a importância da comunicação e evangelizem com ousadia. E claro, rapidez.

Acabei de me lembrar de uma canção muito antiga, desconhecida do grande público mas, muito executada diante do Santíssimo:

"Voou um coração em busca de um amor
Voou pra um coração que não retribuiu
Sugou tudo que pode, não tinha nada a dar
Deu com o coração no chão

Voou um coração em busca de amizade
E se decepcionou com o que encontrou
Aquela bela estátua que outrora tinha feito
Virou pó e saiu no ar

Vai voar coração, vai buscar o Teu Senhor
Ser criança outra vez nos braços do Senhor

Voou um coração em busca de Um Senhor
E quando encontrou ele se aquietou
Curou suas feridas e se deixou amar
Pra dali não mais voar".

Fonte: www.silvinhoz.blogspot.com

São Filipe Néri


"Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça." Há maior boa vontade em colocar no caminho correto as crianças abandonadas do que nessa disposição? A frase bem-humorada é de Filipe Néri, que assim respondia quando reclamavam do barulho que seus pequenos abandonados faziam, enquanto aprendiam com ele ensinamentos religiosos e sociais.

Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Rômolo Néri pertencia a uma família rica: o pai, Francisco, era tabelião e a mãe, Lucrécia, morreu cedo. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe, na infância, surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência, virtudes que ele soube cultivar até o fim da vida. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar uma vocação maior, mesmo freqüentando regularmente a igreja.

Aos dezoito anos foi para São Germano, trabalhar com um tio comerciante, mas não se adaptou. Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar com os agostinianos, filosofia e teologia, diplomando-se em ambas com louvor. No tempo livre praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral.

Filipe começou a chamar a atenção do seu confessor, que lhe pediu ajuda para fundar a Confraternidade da Santíssima Trindade, para assistir os pobres e peregrinos doentes. Três anos depois, aos trinta e seis anos de idade, ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade.

Tão grande era a sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho. A iniciativa deu tão certo que depois o grupo, de tão numeroso, passou à Congregação de Padres do Oratório, uma ordem secular sem vínculos de votos.

Filipe se preocupou somente com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Tudo o que fez no seu apostolado foi nessa direção, até mesmo utilizar sua vasta e sólida cultura para promover o estudo eclesiástico. Com seu exemplo e orientação, encaminhou e orientou vários sacerdotes que se destacaram na história da Igreja e depois foram inscritos no livro dos santos.

Mas somente quando completou setenta e cinco anos passou a dedicar-se totalmente ao ministério do confessionário e à direção espiritual. Viveu assim até morrer, no dia 26 de maio de 1595. São Filipe Néri é chamado, até hoje, de "santo da alegria e da caridade".

terça-feira, 25 de maio de 2010

A LIBERDADE DO HOMEM

1743. «Deus [...] deixou o homem entregue à sua própria decisão» (Sir 15, 14), para que ele possa aderir livremente ao seu Criador e chegar assim à perfeição beatífica (40).

1744. A liberdade é a capacidade de agir ou não agir e, assim, de realizar por si mesmo acções deliberadas. Atinge a perfeição do seu acto, quando está ordenada para Deus, supremo Bem.

1745. A liberdade caracteriza os actos propriamente humanos. Torna o ser humano responsável pelos actos de que é autor voluntário. O seu agir deliberado pertence-lhe como próprio.

1746. A imputabilidade ou responsabilidade duma acção pode ser diminuída, ou suprimida, por ignorância, violência, medo e outros factores psíquicos ou sociais.

1747. O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade do homem, sobretudo em matéria religiosa e moral. Mas o exercício da liberdade não implica o suposto direito de tudo dizer ou de tudo fazer.

1748. «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (Gl 5, 1).


Fonte: CIC: Catecismo da Igreja Católica

Quanto custa um sorvete??

Numa época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de 10 anos entrou na lanchonete de um hotel e sentou-se numa mesa. Uma garçonete colocou um copo de água a sua frente. "Quanto custa um sundae?", ele perguntou. "50 centavos" - respondeu a garçonete. O menino puxou as moedas do bolso e comçou a conta-las. "Bem, quanto custa o sorvete simples?", ele perguntou. A essa altura, mais pessoas estavam esperando por uma mesa e a garçonete, perdendo a paciência. "35 centavos", respondeu ela, de maneira brusca. O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse: "Eu vou querer, então, o sorvete simples". A garçonete trouxe o sorvete simples, a conta, colocou na mesa e saiu. Quando a garçonete voltou, emocionou-se e começou a chorar à medida em que ia limpando a mesa, pois ali, ao lado do prato, havia 15 centavos em moedas, ou seja, o menino não pediu o sundae porque ele queria que sobrasse a gorjeta da garçonte.
As coisas nem sempre são o que paracem. Olhe sempre ao seu redor, percebas as pessoas e não somente a casca, por dentro podem existeir coisas que com certeza lhe impressionarão.
Trate sempre as pessoas como gostaria de ser tratado.

Santa Maria Madalena de Pazzi


Batizada com o nome de Catarina, ela nasceu no dia 2 de abril de 1566, crescendo bela e inteligente em sua cidade natal, Florença, no norte da Itália. Tinha a origem nobre da família Pazzi, com acesso tanto à luxúria quanto às bibliotecas e benfeitorias da corte dos Médici, que governavam o ducado de Toscana. Sua sensibilidade foi atraída pelo aprendizado intelectual e espiritual, abrindo mão dos prazeres terrenos, o luxo e as vaidades que a nobreza proporcionava.

Recebeu a primeira comunhão aos dez anos e, contrariando o desejo dos pais, aos dezesseis anos entregou-se à vida religiosa, ingressando no convento das carmelitas descalças. Ali, por causa de uma grave doença, teve de fazer os votos antes das outras noviças, vestiu o hábito e tomou o nome de Maria Madalena.

A partir daí, foi favorecida por dons especiais do Espírito Santo, vivendo sucessivas experiências místicas impressionantes, onde eram comuns os êxtases durante a penitência, oração e contemplação, originando extraordinárias visões proféticas. Para que essas revelações não se perdessem, seu superior ordenou que três irmãs anotassem fielmente as palavras que dizia nessas ocasiões.

Um volumoso livro foi escrito com essas mensagens, que depois foi publicado com o nome de "Contemplações", um verdadeiro tratado de teologia mística. Também ela, de próprio punho, escreveu muitas cartas dirigidas a papas e príncipes contendo ensinamentos e orientações para a inteira renovação da comunidade eclesiástica.

Durante cinco anos foi provada na fé, experimentando a escuridão e a aridez espiritual. Até que, no dia de Pentecostes do ano 1690, a luz do êxtase voltou para a provação final: a da dor física. Seu corpo ficou coberto de úlceras que provocavam dores terríveis. A tudo suportou sem uma queixa sequer, entregando-se exclusivamente ao amor à Paixão de Jesus.

Morreu com apenas quarenta e um anos, em 25 de maio de 1607, no convento Santa Maria dos Anjos, que hoje leva o seu nome, em Florença. Apenas dois anos mais tarde foi canonizada pelo papa Clemente IX. O corpo incorrupto de santa Maria Madalena de Pazzi repousa na igreja do convento onde faleceu. Sua festa é celebrada no dia de seu trânsito.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

ADORAÇÃO

A.18.1 Adoração de Deus, ato principal da virtude da religião conforme Deus

§2096 A adoração é o primeiro ato da virtude da religião. Adorar a Deus é reconhecê-lo como Deus, como o Criador e o Salvador, o Senhor e o Dono de tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso. "Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a Ele prestarás culto" (Lc 4,8), diz Jesus, citando o Deuteronômio (6,13).

§2628 A adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante de seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência do Salvador que nos liberta do mal. É prosternação do Espírito diante do "Rei da glória" e o silêncio respeitoso diante do Deus "sempre maior". A adoração do Deus três vezes santo e sumamente amável nos enche de humildade e dá garantia a nossas súplicas.


Fonte: Catecismo da Igreja Católica

São Vicente de Lérins


As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, onde foi ordenado sacerdote no século V. Os dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França, hoje território da Bélgica.

Alguns registros encontrados em Lérins, escritos por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o bispo de Troyes. E ele decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para "espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a Deus na humildade cristã". Vicente, então, optou pela vida monástica e nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins.

Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa.

Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de bispos e santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o "Comnitorium", também conhecido como "manual de advertência aos hereges". Mais tarde, são Roberto Belarmino definiu essa obra como "um livro de ouro", porque estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica.

Profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a "Advertência aos hereges" teve uma grande difusão e repercussão, atingindo os nossos dias.

Enaltecido pelos católicos e protestantes, porque traz toda a doutrina dos Padres analisadas nas fontes da fé cristã e todos os critérios da doutrina ortodoxa, Vicente era um grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois travaram grandes debates através de uma rica corresponderia, trazendo luz sobre muitas divergências doutrinais.

Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua famosa obra "Homens ilustres". Morreu no mosteiro no ano 450. A Igreja católica dedica o dia 24 de maio a são Vicente de Lérins, celebrado na mesma data também no Oriente.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Santo Eugênio de Mazemod

Carlos José Eugênio de Mazemod, este era seu nome de batismo. Ele nasceu na bela cidade Aix-en-Provance, sul da França, no dia 01 de agosto de 1782. Seu pai era um nobre e presidia a Corte dos Condes da Provença. Sua mãe pertencia à uma família burguesa muito rica. Teve duas irmãs: Antonieta e Elisabete, que morreu aos cinco anos de idade.

Sua infância foi tranqüila até 1790, quando a família teve que fugir da Revolução Francesa, deixando todos os bens e indo para a Itália, onde permaneceram durante onze anos, vivendo de cidade em cidade. Nesse período seus pais também se separam. A mãe deixou Eugênio com o pai na Itália e foi para a França, tentar reaver os bens confiscados.

Tudo isso influenciou a personalidade do menino, de maneira positiva e negativa, cujo reflexo foi uma séria crise de identidade na adolescência. Embora Eugênio antes do exílio tivesse dado mostras de sua vocação religiosa, ela foi sufocada por esses problemas e pela lacuna existente na sua formação intelectual, devido a falta de uma moradia fixa. Mas seu caráter forte permaneceu por toda a vida, como sua marca pessoal.

Foi através do padre Bartolo Zinelli, durante o período que morou em Veneza entre 1794 e 1797, que Eugênio teve contato concreto com a vida de fé. E ao retornar para a França em 1802, então com vinte anos de idade, amadureceu a idéia de ingressar para a vida religiosa, seguindo sua vocação primeira. Em 1808, entrou no seminário de São Sulpício em Paris, recebendo a ordenação em Amiens, três anos depois.

Retornou para sua cidade natal, dedicando seu apostolado à pregação. Levou a Palavra de Cristo aos camponeses pobres, aos prisioneiros e aos doentes abandonados, à todos dando os Sacramentos como único meio de recompor os valores cristãos, num momento novo para o país tão desgastado e sem rumo. Outros padres se juntam à ele nessa missão, por isso decidiu em 1816, fundar a "Sociedade dos Missionários da Provença", que depois mudou o nome para "Oblatos de Maria Imaculada", recebendo todas as aprovações da Igreja.

Eugênio foi então nomeado vigário geral da diocese de Marselha, da qual depois foi nomeado bispo, cargo que exerceu durante trinta e sete anos. Foram muitos os problemas com as autoridades que governaram Paris, com a elite social e até com alguns membros eclesiásticos que não concordavam com as regras de vida em comum, estabelecidas por ele.

Mas o povo pobre o queria, amava e respeitava. Assim continuou governando a diocese e os Oblatos, que se desenvolveram e foram pregar a Palavra de Cristo fora dos domínios da Europa, nos Estados Unidos, Canadá e México, depois também na África e na Ásia, levando esse carisma missionário da congregação.

Eugênio de Mazemod morreu no dia 21 de maio de 1861, na sua querida Marselha. Muitas foram as graças atribuídas à sua intercessão. O Papa João Paulo II o declarou santo em 1995. A solenidade contou com a presença de representantes dos sessenta e oito paises onde os Oblatos, já estavam fixados.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O nome de Maria

No dia 12 de setembro a Igreja festeja com muita alegria o Nome santo de Maria. A Sagrada Escritura mostra que o nome é muito importante para Deus, e Ele mesmo o deu a seus eleitos e também à Mãe do Seu amado Filho encarnado.

São Joaquim e Santa Ana sem dúvida foram inspirados por Deus ao escolherem o nome daquela que seria a Mãe do Redentor da humanidade. São Lucas registra no seu Evangelho o nome glorioso da Virgem perpétua, que seria repetido e “glorificado por todas as gerações” cristãs e que é o nome de muitos homens e mulheres em homenagem à Mãe de Jesus Cristo.

Diz o evangelista: “O nome da Virgem era Maria”. O anjo enviado por Deus diz a ela: “Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus”.

Segundo Alastruey, citado pelo Cônego Vidigal em um de seus artigos, grande mariólogo espanhol, o nome de Maria pode ter vindo de três casos possíveis:

Uns derivam o nome da raiz mery, da língua egípcia e significa mui amada. Outros dizem que provém do siríaco e quer dizer senhora, opinião de pouca solidez. No entanto, o mais freqüente é a que o deriva do hebraico: “Mar amargo e rebelião; Gota do mar; Senhor de minha linhagem; Estrela do Mar; Esperança; Excelsa ou sublime; Pingue, Robusta; Amargura e Mirra”.

Segundo ainda o Com. Vidigal, J. de Fraine diz que “apesar de sessenta tentativas que já foram feitas a etimologia científica do nome de Maria continua incerta”.

Não importa o significado exato, preciso. Poderoso é este nome que deve ser invocado sempre. S. Luiz Grignon de Montfort, dizia que “Deus reuniu todas as águas e deu nome de mar, reuniu todas as graças e deu o nome de Maria”. Assim como o mar é a plenitude das águas do planeta, Maria é a plenitude das graças de Deus.

O Pe. Antonio Vieira diz: “Só vos digo, invoqueis o nome de Maria quando tiverdes necessidade dele; quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos molestarem os da alma; quando vos faltar o necessário para a vida...; quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue; quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a emulação, a inveja; quando os inimigos vos perseguirem, os amigos vos desampararem, e donde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos; quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito, e todos com a proximidade; quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demônio, que será sempre e em tudo; quando vos virdes em alguma dúvida ou perplexidade, em que vós não saibais resolver nem tomar conselho; quando vos não desenganar a morte alheia, e vos enganar a própria, sem vos lembrar a conta de quanto e como tendes vivido e ainda esperais viver; quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar à manhã; finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém; em todos os sucessos prósperos ou adversos, e muito mais nos prósperos, que são os mais falsos e inconstantes; e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, da fazenda, e, principalmente, nos da consciência, que em todos anda arriscada, e com ela a salvação. E como em todas estas coisas, em cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano, se em todas e cada uma recorrermos à proteção e amparo da mãe das misericórdias, não a dúvida que, obrigados da mesma necessidade, não haverá dia, nem hora, nem momento em que não invoquemos o nome de Maria”.

Esta é uma das mais inspiradas páginas deste grande devoto da Mãe de Deus. São Bernardo de Claraval, doutor da Igreja, dizia:

“Ó tu que te sentes longe da terra firme, levado pelas ondas deste mundo, no meio dos temporais e das tempestades, não desvies o olhar deste Astro, se não quiseres perecer. Se o vento das tentações se elevar, se o recife das provações se erguer na tua estrada, olha para a Estrela, chama por Maria. Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria, chama por Maria. Que seu nome nunca se afaste de seus lábios, que não se afaste de seu coração... Seguindo-a terás a certeza de não te desviares; suplicando-lhe, de não desesperar; consultando-a, de não te enganares. Se ela te segurar, não cairás; se te proteger, nada terás de temer; se te conduzir, não sentirás cansaço; se te for favorável, atingirás o objetivo.”

Bendito seja o Nome Santíssimo de Maria!

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

São Bernardino de Sena


Taquigrafadas com um método de sua invenção por um discípulo, as Prédicas populares de são Bernardino de Sena chegaram até nós com toda a naturalidade e o estilo rápido e colorido com que eram pronunciadas nas várias praças italianas. Relendo-as hoje percebe-se a atualidade dos temas entre os quais os mais freqüentes eram aqueles sobre a caridade, humildade, concórdia e justiça. Fustigava a avareza dos novos ricos, mercadores, banqueiros, usuários etc. Comparava-os a pássaros sem asas, incapazes de levantar o vôo um palmo acima de suas coisas: “Eu bem sei que as coisas que tu tens, não são só tuas, mas Deus tas deu para suprir as necessidades do homem: não são do homem, mas para as necessidades do homem.”

Tinhas palavras duríssimas para os que “renegam a Deus por uma cabeça de alho” e pelas “feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres.” Se você tem bastante coisa e não tem necessidade e não a distribui e morre você irá para a casa quente.” “Ó você que tem muito agasalho mais do que tem a cebola, recubra a carne do pobre, quando o vê tão maltrapilho e nu, pois a carne dele e a sua são a mesma carne.” Recorria a exemplos familiares como o da cebola conservada com as folhas juntas para inculcar a necessidade da união e da concórdia.

Até depois de sua morte, na cidade de Áquila em 1444, são Bernardino continuou a sua obra de pacificação. De fato chegou moribundo a esta cidade e não pôde fazer o curso de prédicas que tinha programado. Persistindo a luta entre as facções, seu corpo dentro do caixão começou a sangrar como uma fonte e o fluxo parou somente quando os cidadãos de Áquila se reconciliaram. Em reconhecimento foi decretada a construção de um magnífico monumento sepulcral realizado depois por Silvestre di Giacomo.

São Bernardino, canonizado em 1450, isto é somente seis anos após a morte, tinha nascido em 1380 em Massa Marítima da nobre família senense dos Albozzeschi. Ficou órfão de pai e mãe ainda muito jovem e foi criado em Sena por duas tias. Freqüentou a universidade de Sena até aos 22 anos, quando abandonou a vida mundana para vestir o hábito franciscano. Dentro da Ordem tornou-se um dos principais propugnadores da reforma dos franciscanos observantes. Arauto da devoção ao nome de Jesus, fazia incidir o monograma “JHS” sobre tabuinhas de madeira que dava para o povo beijar no fim do discurso. São Bernardino é o patrono dos publicitários italianos.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Pentecostes: O retorno do Espírito de Jesus Ressuscitado entre os seus

“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2, 1-4).

“Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: “Paz a vós! Shalom!” Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: ‘A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.’ Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos’ ” (Jo 20,19-23).

Com essas palavras o evangelista João descreve o Pentecostes joanino, diferentemente do Pentecostes retratado por São Lucas (cf. At 2, 1-4), que é uma maneira distinta de conceber o dom do Espírito. Enquanto Lucas vê o Espírito Santo, sobretudo, como um dom feito à Igreja em vista da sua missão e o coloca no dia de Pentecostes; João, por outro lado, vê o dom do Espírito como o princípio da vida nova, jorrada da Páscoa de Jesus e assim liga a Páscoa a Pentecostes.

Portanto, o Espírito não só reanima a Igreja, como também a empurra no mundo para que comunique a todos o amor experimentado como chamado da salvação universal. Agora podemos compreender melhor a relação íntima entre Cristo e o Espírito e a dimensão progressiva pneumática do quarto Evangelho, vista como a penetração íntima no mistério de Cristo.

Ao início do Evangelho, de fato, é feita uma promessa com a descida do Espírito sobre o Messias: haverá “um batismo no Espírito Santo” (cf. Jo 1,33ss), acontecimento confirmado também no colóquio entre Jesus e a mulher samaritana (cf. Jo 4,14ss). Esta promessa, em seguida, vem apresentada com relação “à glorificação” de Jesus, que indica a Sua morte gloriosa, antecipada no discurso feito por Cristo durante a festa das tendas, (cf. Jo 7,37-39) que depois foi concluída na cruz, quando o Senhor doa o Seu Espírito à Igreja nascente, representada por Maria e pelo discípulo amado (cf. Jo 19,25-27). Enfim, ela é difundida com a Ressurreição de Cristo no dia de Páscoa, quando o Ressuscitado sopra sobre os discípulos fazendo-os protagonistas no mundo da vida nova, que Ele operou neles (cf. Jo 20,22). No Evangelho de João o dom do Espírito Santo inaugura o Pentecostes na Igreja.

Também o nosso tempo é chamado a ser uma nova graça do Espírito e o desejamos com as palavras proféticas do patriarca Ignácio IV de Antioquia: “O acontecimento pascal, que aconteceu de uma vez para sempre, como condiciona o nosso hoje? Por obra d’Aquele que, do fim ao início, é o artífice na plenitude dos templos: o Espírito Santo. Sem Ele, Deus é distante, Cristo permanece no passado, o Evangelho é carta morta, a Igreja, uma simples organização; a autoridade, uma dominação; a missão é propaganda; o culto, uma simples recordação; o agir cristão, uma moral do escravo.

Mas n’Ele há uma sinergia indissociável, o cosmos é elevado e geme no parto do Reino, o homem luta contra a carne, Cristo, ressuscitado, está aqui, o Evangelho é potência da vida, a Igreja quer dizer a comunhão Trinitária, a autoridade é um serviço libertador, a missão é um Pentecostes, a liturgia é memorial e antecipação, o agir humano é deificado. […] Esta sinergia do Espírito Santo introduz ao nosso mundo horizontal um dinamismo novo, a um tempo todo diferente e todo interiorizado”.

Estes são os votos que fazemos por ocasião de Pentecostes: abramos espaço ao Espírito Santo em nosso interior, invocando-O como Consolador, Amigo e Guia de nossa vida cristã.

Dom Giorgio Zevini, sdb

13 Idéias geniais para se libertar da TV

Como se sabe, a televisão tem destruído muitos lares em virtude da falta de diálogo que passa a existir entre os membros da família. Ao longo destes 50 anos, tornou´se verdadeiro vício de forma que, atualmente, não é difícil encontrarmos em toda casa um aparelho de TV para cada membro da família, para que não haja a ´concorrência interna´ pelos programas que passam no mesmo horário. A família torna´se, assim, prisioneira da televisão.

Com o objetivo de despertar o hoje incomum diálogo familiar, a criatividade e o compartilhamento do afeto entre os membros da família, transcrevemos abaixo 13 idéias para se libertar da TV sugeridas pela organização argentina ´TV La Familia Internacional´. Como advertem os seus diretores, ´não se trata, de maneira alguma, de um boicote´, mas cortar a dependência da TV para promover uma vida mais sã, motivar o diálogo e dedicar mais tempo para brincar com as crianças, para pensar, para passear e compartilhar o tempo em conjunto com os demais membros. A idéia é apenas experimentar! Por que não tentar? Por que não tentar se dedicar mais à sua própria família?

Remova a sua TV para um lugar menos importante na casa. Isto ajudará muito no seu processo de libertação.

Esconda o controle remoto.

Não permita a existência de uma TV no quarto de seus filhos, pois ela os distancia da vida familiar e do contato com os demais membros, não os deixa dormir bem e também torna difícil controlar a programação imprópria para menores. Se você remover a TV do quarto de seus filhos, compense´os com algo que gostem e que lhes faça bem.

Não assista a TV durante as refeições pois é um ótimo momento para se cultivar o diálogo familiar.

Determine claros limites para se assistir aos programas da TV, por exemplo, meia hora, uma hora... Estabeleça as normas de forma positiva, isto é, não diga: ´você não vai ver televisão!´, mas ´você pode ver tanto tempo por dia´ ou ´vamos fazer tal coisa´.

Não use a TV como babá. Faça com que seus filhos participem das tarefas domésticas, para que se sintam úteis. Dê´lhes a oportunidade de sentir que podem ajudá´lo bastante.

Fixe alguns dias da semana como dias sem TV e realize noites de entretenimento familiar.

Não faça da TV instrumento de recompensa ou castigo pois isto aumenta ainda mais o seu poder de influência.

Escute o rádio ou a sua música favorita ao invés de deixar a TV ligada em um outro cômodo da casa, usando´a como ´som ambiente´.

Não pague para assistir TV; ao invés, utilize essa verba para comprar jogos ou livros. Não se assuste se o seu filho lhe disser: ´não tenho o que fazer!´. Isto irá despertar´lhe a criatividade.

Não permita que a TV supere o mais importante: o diálogo familiar, a criatividade, a leitura e a diversão.

Pense sempre na possibilidade de assistir cada vez menos TV. Quando você conseguir se libertar, ficará espantado com quanto tempo perdeu para se dedicar à família, à criatividade, ao amor e às outras formas de entretenimento. Contudo, após a libertação, passará você a controlar o botão de liga/desliga da TV... E o mais importante: à hora que você bem quiser!

Fonte: www.cleofas.com.br

Agostinho Novello (Bem-aventurado)


Mateus nasceu na cidade de Termini Imerese, antiga Terano, na Sicília, Itália, próximo do ano 1240. Era filho de um alto funcionário daquela corte, e foi enviado pelos pais à universidade de Bolonha para estudar Direito civil e eclesiástico. Um dos seus companheiros de estudos foi o futuro rei Manfredi do reino da Sicília. Este quando seu pai morreu e assumiu o trono, mandou chamar o amigo para ser seu chanceler. Nessa corte, Mateus se distinguiu pela notável cultura e humildade.

Em 1266, o rei Manfredi morreu num combate, e Mateus teve de fugir, mesmo ferido como estava. Sentindo o chamado de Deus, decidiu mudar de vida, mas ocultando sua origem e cultura. Foi procurar acolhida no convento dos agostinianos de Siena, no qual vestiu o hábito como um simples irmão leigo tomando o nome de Agostinho.

Frei Agostinho viveu algum tempo muito feliz no convento como um pobre analfabeto e um frade sem grande inteligência. Mas sua identidade foi descoberta quando houve necessidade de defender os direitos do convento numa demanda jurídica. O fato chegou ao conhecimento do Geral da Ordem, então Clemente de Osimo, que pediu sua transferência para a Cúria da Ordem em Roma. Alí ordenou-se sacerdote, e logo em seguida ganhou o apelido de Novello, porque à exemplo do grande Santo Agostinho na sua época, ele se distinguia pela apurada e precisa compreensão da doutrina cristã. Pouco depois foi nomeado pelo Papa Nicolau IV para o cargo de Penitente Apostólico e seu confessor particular. Cargo e função que exerceu junto aos pontífices que se seguiram: Celestino V e Bonifácio VIII.

Nesse meio tempo auxiliou a Cúria Romana na elaboração das Constituições de 1290. Eleito Geral da Ordem em 1298 permaneceu no cargo dois anos, quando pediu sua renuncia. Esse notável Superior dos agostinianos se retirou para o Ermo de São Leonardo, em Siena, continuando sua vida totalmente dedicada à serviço de Deus. No Ermo, Agostinho Novello auxiliou na fundação da Ordem dos Clérigos Hospitaleiros destinados ao serviço dos doentes terminais. Morreu com fama de santidade no dia 19 de maio de 1309, no Ermo de São Leonardo onde foi sepultado, em Siena.

A fama de sua intercessão em muitos milagres deu início ao seu culto no dia de sua morte. De tal modo que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Santo Agostinho, na cidade de Siena. Em 1759, o Papa Clemente XIII o beatificou e manteve o dia do culto ao Beato Agostinho Novello. Em 1977 as suas relíquias foram trasladadas para a igreja construída e dedicada à ele, pelos habitantes de Termini Imerese, sua cidade natal. Beato Agostinho Neovello também foi escolhido por eles para ser o seu padroeiro celestial.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Espiritismo e a Igreja Católica

FALSOS CRISTÃOS

Sendo o Brasil um país tradicionalmente Católico, os espíritas se apresentam como "cristãos" e difundem principalmente o "Evangelho Segundo o Espiritismo". Começaram por dizer que o espiritismo é apenas ciência e filosofia, não cogitando de questões dogmáticas; que eles não combatem crença alguma; que o Católico para ser espírita, não precisa deixar de ser Católico; que todas as religiões são boas, contanto que se faça o bem e se pratique a caridade, etc.; e por isso vão dando nomes de Santos nossos aos centros espíritas. O Conselho Federativo resolveu prescrever a seguinte norma geral:

"As sociedades adesas (à Federação Espírita Brasileira), mediante entendimento com a Federação, quando esta julgar oportuno e as convidar para isso, cuidarão de modificar suas denominações no sentido de suprimir delas o qualitativo de "Santo" e de substituir por outras, tiradas dos princípios e preceitos espíritas, dos lugares onde tenham sua sede, das datas de relevo nos anais do espiritismo e dos nomes dos seus grandes pioneiros". Assim, por exemplo, começa algum centro espírita por chamar-se "Centro São Francisco de Assis", depois, quando a Federação julgar oportuno, suprimirá o qualitativo de "santo", e afinal, quando seus adeptos já estiverem suficientemente distanciados da Santa Igreja, será "Centro Allan Kardec"...

O ESPÍRITA PERANTE A SANTA MADRE IGREJA

Em 1953 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil reafirmou a determinação feita pelo Episcopado Nacional da Pastoral Coletiva de 1915, revista pelos Bispos em 1948 nestes termos: "Os espíritas devem ser tratados, tanto no foro interno como no foro externo, como verdadeiros hereges e fautores de heresias e não podem ser admitidos à recepção dos Sacramentos, sem que antes reparem os escândalos dados, abjurem o espiritismo e façam a profissão de Fé".

Segundo o novo Código de Direito Canônico (de 1983), "chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Santo Batismo, de qualquer verdade que se deve crer com Fé Divina e Católica, ou se duvida pertinazmente a respeito dela" (Cân. 751); e no Cânon 1364, parágrafo 1, a nova legislação eclesiástica determina que o "herege incorre automaticamente em excomunhão", isto é: deve ser excluído da recepção dos Sacramentos (Cân. 1331, parág. 1), não podem ser padrinhos de Batismo (Cân. 874), nem da Confirmação (Cân. 892) e não lhe será lícito receber o Sacramento do Matrimônio sem licença especial do Bispo (Cân. 1071) e sem as condições indicadas pelo Cânon 1125. Também não pode ser membro de associação ou irmandade católica (Cân. 316). (d. Boaventura Kloppenburg (ofm), Bispo Emérito da Diocese de Novo Hamburgo-RS/Brasil).

Comentário

É de se ver com suspeita certos grupos que surgiram depois de século XVI a partir de Lutero e que dizem servir a Jesus Cristo, enquanto que para negar e atacar a Santa Igreja, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, recorrem a todo o tipo de má-fé: acusações infâmes, calúnias e injúrias de todo o tipo, tentando denegrir a Instituição Divina. E uma dessas falsidades é passar aos seus prosélitos a idéia de que a Igreja Católica e o espiritismo é a mesma coisa, ou que na Igreja Católica tudo é permitido.

E para que os seus prosélitos nunca tenham acesso às verdades da Verdadeira Fé, instigam os seus adeptos a só aceitarem da Igreja Católica a Bíblia Sagrada, e mesmo assim, incompleta, pois que dos 73 livros, somente 66 são aceitos por eles, e muitas vezes adulterados. Muito conveniente para quem deseja mostrar uma extraordinária faixada, às vezes bela, emotiva e atraente, porém, sem o essencial da nossa Verdadeira Fé de dois mil anos, desde os tempos de Cristo até os dias de hoje. E muitas vezes, inchados de orgulho, para justificar as suas mentiras, recorrem ao fanatismo emocional ou dizem que a Igreja errou muito no passado e deixou de existir, ou então que Nosso Senhor Jesus Cristo não fundou nenhuma Igreja.Essa é uma mentira flagrante que revela a extrema desonestidade, visto que em qualquer uma das afirmações nega a Bíblia e chama Jesus Cristo de mentiroso.

É só olharmos a Bíblia: em Mt 16,18 Jesus diz: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela". Quem nega esta verdade, e diz estar seguindo a Bíblia, esse sim, é prevaricador e mentiroso, porque é filho do pai da mentira, e por isso têm ódio contra tudo que vem da parte de Deus (Cf Gen. 3,15), e odeia aquela Mulher a quem o próprio Deus concedeu-lhe o poder de esmagar a cabeça da serpente e Satanás. De fato, o ódio entre os filhos da luz e os filhos das trevas; a descendência da Mulher e a descendência de Satanás, a antiga serpente. Que a Santíssima Virgem e Mãe de Deus interceda por esses infelizes que se deixaram prender e escravizar nas armadilhas de Satanás, para que a Misericórdia de Nosso Senhor e Deus chegue até eles, para que se convertam à única Igreja do Senhor Jesus, à qual foi confiado todo o Patrimônio da Verdadeira Fé (I Tim 3,15; Ef 3,10).


Prof. Felipe Aquino
www.cleofas.com.br

São Félix de Cantalício


Félix Porro nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Rieti, Itália, em 1515. Filho de uma família muito modesta de camponeses, teve de trabalhar desde a tenra idade, não podendo estudar. Na adolescência, transferiu-se para Cittaducale, para trabalhar como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a vida dos Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência constante e à caridade cristã.

Aos trinta anos de idade entrou para os capuchinhos. E, em 1545, depois de completar um ano de noviciado, emitiu a profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João. Ele pertenceu à primeira geração dos capuchinhos. Os primeiros anos de vida religiosa passou entre os conventos de Monte São João, Tívoli e Palanzana de Viterbo, para depois, no final de 1547, se transferir, definitivamente, para o convento de São Boaventura, em Roma, sede principal da Ordem, onde viveu mais quarenta anos, sendo chamado de frei Félix de Cantalício.

Nesse período, trajando um hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía, para esmolar ajuda para o convento, pelas ruas da cidade eterna. Todas as pessoas, adultos, velhos ou crianças, pobres ou ricos, o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. A todos e a tudo agradecia sempre com a mesma frase: "Deo Gracias", ou seja, Graças a Deus. Mendigou antes o pão e depois, até à morte, vinho e óleo para os seus frades.

Quando já bem velhinho foi abordado por um cardeal que lhe perguntou por que não pedia aos seus superiores um merecido descanso, frei Felix foi categórico na resposta: "O soldado morre com as armas na mão e o burro com o peso do fardo. Não permita Deus que eu dê repouso ao meu corpo, que outro fim não tem senão sofrer e trabalhar".
Em vida, foram muitos os prodígios, curas e profecias atribuídos a frei Félix, testemunhados quase só pela população: os frades não julgavam oportuno difundi-los. Mas quando ele morreu, ficaram atônitos com a imensa procissão de fiéis que desejavam se despedir do amado frei, ao qual, juntamente com o papa Xisto V, proclamavam os seus milagres e a sua santidade.

Ele vivenciou o seguimento de Jesus descrito nas constituições da Ordem, na simplicidade do seu carisma, nunca servilmente. Conviveu com muitos frades e religiosos ilustres, sendo amigo pessoal de Felipe Néri, Carlo Borromeo, hoje também santos, e do papa Xisto V, ao qual predisse o seu papado.

No dia 18 de maio de 1587, aos setenta e dois anos, depois de oito anos de sofrimentos causados por uma doença nos intestinos, e tendo uma visão da Santíssima Virgem, frei Félix deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai Eterno. O papa Clemente XI o canonizou em 1712. O corpo de são Félix de Cantalício repousa na igreja da Imaculada Conceição, em Roma.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Heróica resistência dos católicos na China

Em mais um ato público de fé e resistência ao regime comunista, 5.000 católicos chineses desafiaram a neve, o intenso frio (30ºC abaixo de zero) e a polícia, para dar digna sepultura a Mons. Leo Yao Liang, bispo coadjutor de Xiwanzi que passara 30 anos na prisão, por recusar a Associação Patriótica (igreja cismática submissa ao regime marxista). Desde 2006 a polícia manteve-o seqüestrado por causa do mesmo “crime”. As autoridades comunistas proibiram que ele fosse tratado como bispo, mas no momento da sepultura os fiéis inseriram clandestinamente as insígnias episcopais no caixão.

Fonte: www.catolicismo.com.br

Avatar: promoção do radicalismo ecologista anticristão

De acordo com os comentários da agência católica ACIPrensa, o filme Avatar promove ladinamente o ecologismo como religião. Sugere também que é necessariamente “mau” quem não professa o radicalismo anticristão de tipo Nova Era e não pratica o culto panteísta da “mãe terra”, ou Gaia. Os personagens “bons” do filme (ou “Na’vi”) são humanóides com rabo, que se conectam com os animais, e seus ritos copiam festivais hippies dos anos 70. Reproduzem os cultos à natureza, pregados pelo ecologismo radical e pelo missionarismo comuno-progressista. A agência afirma ainda que o filme representa o “dogma” oficial de Hollywood de uma religião sem Deus e sem moral. O ardiloso método para veicular uma religião panteísta anticristã foi denunciado em várias publicações. O site Moviefone afirma que Avatar reproduz, num cenário diverso, a mensagem de que o homem é mau e destrói a natureza, veiculada no filme Uma verdade inconveniente, de Al Gore, hoje desprestigiado. Numerosas cenas têm significado político anticapitalista, antimilitar e de ódio aos EUA.

Fonte: www.catolicismo.com.br

São Pascoal Baylon


Nascido no dia de Pentecostes, 16 de maio de 1540, em Torre Hermosa no reino espanhol de Aragona e morto nas proximidades de Valência, em Villa Real a 17 de maio de 1592, dia de Pentecostes, este humilde “irmão leigo”, que não se julgou digno do sacerdócio, foi realmente “pentecostal” isto é, favorecido extraordinariamente pelos dons do Espírito Santo, entre os quais o da sabedoria infusa. Pascoal Baylon, iletrado, passou os anos de vida religiosa exercendo a modesta função de porteiro, mas é considerado o teólogo da eucaristia, não só pelas disputas que sustentou contra os calvinistas da França durante uma viagem sua a Paris, mas também por seus escritos que nos deixou, uma espécie de compêndio dos maiores tratados sobre esse assunto.

Acima das doutas dissertações, a eucaristia foi o centro da sua intensa vida espiritual e mereceu ser proclamado pelo papa Leão XIII patrono das obras eucarísticas e mais tarde patrono dos congressos eucarísticos internacionais. Os seu biógrafos contam que durante as exéquias, no momento da elevação da hóstia e do cálice, o irmão já enrigecido da morte reabriu os olhos para fixar o pão e o vinha da mesa eucarística e prestar seu último testemunho de amor ao divino sacramento.

Os seus pais, muito pobres, o haviam encaminhado ao trabalho em tenra idade, mandando pastorear as ovelhas de família e mais tarde a servir de empregado de um rico criador. Longe do convívio humano e da Igreja, passava horas inteiras em oração, privando-se do pouco alimento para mortificar o próprio corpo, que seguidamente submetia flagelações. Aos dezoito anos fez o pedido de ser admitido no voncento de santa Maria de Loreto dos franciscanos reformados, mas a resposta foi claramente negativa. Ele por sua vez rejeitou uma rica herança que lhe ofereceu um grande criador daquela região, Martino Garcia. Enfim a fama da santidade e de alguns prodígios operados abriram-lhe as portas do convento, onde pôde emitir os votos religiosos a 2 de fevereiro de 1564, como “irmão leigo” pois não se julgava digno de aspirar ao sacerdócio.

Enquanto apascentava o rebanho pouco distante do convento, antes de ser admitido, caía em êxtase ao som da campainha da elevação. Este impulso de devoção eucarística foi também a característica da sua vida religiosa, durante a qual acrescentou as mortificações ao corpo, debilitando-o até o limite da capacidade e da resistência. Morreu jovem, com a idade de cinqüenta anos. Vinte e seis anos depois, a vinte e nove de outubro de 1618, era proclamado bem-aventurado, e em 1690, santo.

São Pascoal de Baylon, rogai por nós

sexta-feira, 14 de maio de 2010

São Matias


Matias, o apóstolo "póstumo". É assim chamado porque surgiu depois da morte do apóstolo Judas Iscariotes, o traidor. Alguns teólogos se referem à ele como o décimo terceiro apóstolo, pois foi eleito para ocupar esse posto, conforme consta dos Atos dos Apóstolos, na Bíblia.

A eleição dos onze apóstolos deu-se dias depois da Ascensão de Jesus e da vinda do Espírito Santo e assim foi descrita: "Depois da Ascensão de Jesus, Pedro disse aos demais discípulos: Irmãos, em Judas se cumpriu o que dele se havia anunciado na Sagrada Escritura: Com o preço de sua maldade se comprou um campo". O salmo 109 ordena "Que outro receba seu cargo".

'Convém, então, que elejamos um para o lugar de Judas. E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus'". (At 1, 21-26)

As outras informações existentes sobre Matias fazem parte das tradições e dos escritos da época. Esses registros, entretanto, são apenas fragmentos com algumas citações e frases, que foram recuperadas e, segundo os teólogos, são de sua autoria. De fato, existe uma certa confusão entre os apóstolos Matias e Mateus em alguns escritos antigos.

Segundo a tradição Matias evangelizou na Judéia, Capadócia e, depois, na Etiópia. Ele sofreu perseguições e o martírio, morreu apedrejado e decapitado em Colchis, Jerusalém, testemunhando sua fidelidade a Jesus.

Há registros de que santa Helena, mãe do imperador Constantino, o Grande, mandou trasladar as relíquias de são Matias para Roma, onde uma parte está guardada na igreja de Santa Maria Maior. O restante delas se encontra na antiqüíssima igreja de São Matias, em Treves, na Alemanha, cidade que a tradição diz ter sido evangelizada por ele e que o tem como seu padroeiro.

São Matias era comemorado no dia 24 de fevereiro, mas atualmente sua festa ocorre no dia 14 de maio.

São Matias, rogai por nós

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A proteção da Virgem Maria é maior

O Reino dos céus é arrebatado pelos fortes, destemidos, violentos. São Mateus nos diz: “A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo” (Mt 11,12).

É preciso ser violento contra o pecado, o mundo e o demônio. Na luta contra o mal, não podemos deixar de conhecer a revelação de Deus que está na Bíblia. Precisamos nos aprofundar no estudo da Palavra e pregá-la.

Sabemos que os vitoriosos serão Jesus e a Sua Igreja. Graças a Deus, temos a proteção de Nossa Senhora, e ela sabe que o vendaval será terrível, que o inimigo de Deus espalhará poeira por todos os lados para nos amedrontar.

Numa das aparições de Fátima, a Santíssima Virgem se mostrou com o coração exposto. Para quê? Para entrarmos no refúgio do seu coração e, até a vinda de Jesus, termos sua proteção. É ali que devemos permanecer. A fúria do inimigo será grande, mas a proteção de Maria é maior.

(Trecho do livro "Céus Novos e uma Terra Nova" de monsenhor Jonas Abib)

Nossa Senhora de Fátima


No dia 5 de maio de 1917, o mundo ainda vivia os horrores da Primeira Guerra Mundial, então o papa Bento XV convidou todos os católicos a se unirem em uma corrente de orações para obter a paz mundial com a intercessão da Virgem Maria. Oito dias depois ela respondeu à humanidade através das aparições em Fátima, Portugal.

Foram três humildes pastores, filhos de famílias pobres, simples e profundamente católicas, os mensageiros escolhidos por Nossa Senhora. Lúcia, a mais velha, tinha dez anos, e os primos, Francisco e Jacinta, nove e sete anos respectivamente. Os três eram analfabetos.

Contam as crianças que brincavam enquanto as ovelhas pastavam. Ao meio-dia, rezaram o terço. Porém rezaram à moda deles, de forma rápida, para poder voltar a brincar. Em vez de recitar as orações completas, apenas diziam o nome delas: "ave-maria, santa-maria" etc. Ao voltar para as brincadeiras, depararam com a Virgem Maria pairando acima de uma árvore não muito alta. Assustados, Jacinta e Francisco apenas ouvem Nossa Senhora conversando com Lúcia. Ela pede que os pequenos rezem o terço inteirinho e que venham àquele mesmo local todo dia 13 de cada mês, desaparecendo em seguida. O encontro acontece pelos sete meses seguintes.

As crianças mudam radicalmente. Passam a rezar e a fazer sacrifícios diários. Relatam aos pais e autoridades religiosas o que se passou. Logo, uma multidão começa a acompanhar o encontro das crianças com Nossa Senhora.

As mensagens trazidas por ela pediam ao povo orações, penitências, conversão e fé. A pressão das autoridades sobre os meninos era intensa, pois somente eles viam a Virgem Maria e depois contavam as mensagens recebidas, até mesmo previsões para o futuro, as quais foram reveladas nos anos seguintes e, a última, o chamado "terceiro segredo de Fátima", no final do segundo milênio, provocando o surgimento de especulações e histórias fantásticas sobre seu conteúdo. Agora divulgado ao mundo, soube-se que previa o atentado contra o papa João Paulo II, ocorrido em 1981.

Na época, muitos duvidavam das visões das crianças. As aparições só começaram a ser reconhecidas oficialmente pela Igreja na última delas, em 13 de outubro, quando sinais extraordinários e impressionantes foram vistos por todos no céu, principalmente no disco solar. Poucos anos depois, os irmãos Francisco e Jacinta morreram. A mais velha tornou-se religiosa de clausura, tomando o nome de Lúcia de Jesus, e permaneceu sem contato com o mundo por muitos anos.

O local das aparições de Maria foi transformado num santuário para Nossa Senhora de Fátima. Em 1946, na presença do cardeal representante da Santa Sé e entre uma multidão de católicos, houve a coroação da estátua da Santíssima Virgem de Fátima. Em 13 de maio de 1967, por ocasião do aniversário dos cinqüenta anos das aparições de Fátima, o papa Paulo VI foi ao santuário para celebrar a santa missa a mais de um milhão de peregrinos que o aguardavam, entre eles irmã Lúcia de Jesus, a pastora sobrevivente, que viu e conversou com Maria, a Mãe de Deus.

Esta mensagem de Fátima foi um apelo à conversão, alertando a humanidade para não travar a luta entre o bem e o mal deixando Deus de lado, pois não conseguirá chegar à felicidade, pois, ao contrário, acabará destruindo-se a si mesma. Na sua solicitude materna, a Santíssima Virgem foi a Fátima pedir aos homens para não ofender mais a Deus Nosso Pai, que já está muito ofendido. Foi a dor de mãe que a fez falar, pois o que estava em jogo era a sorte de seus filhos. Por isso ela sempre dizia aos pastorzinhos: "Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas".

Nossa Senhora de Fátima, intercede a Deus por nós!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ministério das Artes

No Ministério das Artes, o artista, seja pela dança, música, teatro ou pintura pode expressar seu culto de adoração e louvor a Deus. Quantos pintores sacros externaram sua adoração em forma de pintura ou músicas? A Arte sacra tem a função de nos levar a uma contemplação, e reconhecer em Deus a grandeza que lhe é própria.

Aquele que tem algum dom artístico deve não pode guardá-lo para si, mas deve usá-lo em favor do bem comum de uma comunidade. Imagine se os pintores de uma comunidade começassem a pintar quadros para ornar nossas Igrejas, como ficariam mais belas, ou ainda, se os músicos de uma paróquia formassem orquestras ou corais para cantar em nossas celebrações.

De fato, o Ministério das Artes é um serviço muito importante em uma igreja, que leva muitas pessoas a um encontro verdadeiro com cristo. Ele junto com o Ministério de Intercessão, Pregação e Cura formam os quatros ministérios primários, ou seja, por meio destes, outros ministérios se originam.


"Ninguém melhor do que vós, artistas,

construtores geniais de beleza,

pode intuir algo do pathos com que Deus,

na aurora da criação,

comtempou a obra de suas mãos" (João Paulo II)

Santa Joana


Nasceu Joana a 6 de fevereiro de 1452, filha primogênita de Dom Afonso V, e, portanto, herdeira do reino. Mas desde cedo o espírito da jovem princesa estava mais disposto para o serviço de Deus do que para as grandezas da terra. Aos 12 anos já se recolhia ao seu oratório meditando as vidas e martírios dos santos. Quando, aos 15 anos, perdendo a mãe, seu pai lhe confiou o governo da casa real, começou por penitência a usar cilício e túnicas grossas e ásperas, por baixo das vestes finas. Assim assistia às festas da Corte, cobrindo os instrumentos de penitência com pedrarias e panos dourados. Grande parte das noites passava no oratório, ou de joelhos orando, ou deitada no chão, tendo por simples conforto uma almofada em que apoiava a cabeça; e muitas vezes recorria a cruéis disciplinas, para maior perfeito holocausto à justiça divina.

Jejuava a pão e água muitos dias, particularmente todas as sextas-feiras; e para que fosse completa a abstinência observava-a também nas palavras, procurando no silêncio aplicar melhor o espírito à meditação das coisas de Deus. Conforme o costume do tempo, os príncipes tinham uma divisa; a sua foi uma coroa de espinhos. Para os pobres tinha grande caridade, acudindo também com grandes esmolas às cadeias, hospitais e casas religiosas. Na Semana Santa mandava que lhe trouxessem doze mulheres pobres, sendo a maior parte estrangeiras e das mais desamparadas, e, depois em grande segredo lhes lavar os pés e lhos beijar, na quinta-feira santa, as despedia vestidas com roupas novas e com esmola em dinheiro.

Era dotada de singular formosura, pelo que foi pretendida por muitos príncipes; Luís XI de França mandou a Lisboa seus embaixadores a pedi-la em casamento para o delfim; mas a este e a outros se esquivou Joana, porque todo o seu desejo era abraçar a vida religiosa. Em 1471, obteve licença de seu pai e recolheu-se ao mosteiro Odivelas, onde era abadessa sua tia D. Filipa. O fato causou grande estranheza e descontentamento. Fizeram muita pressão sobre ela para que desistisse. Deus lhe revelou que essas importunações acabariam quando o pretendente viesse a morrer.

A princesa escolhera o mosteiro de Odivelas só provisoriamente pois tinha os olhos postos no convento de Jesus de Aveiro. Apesar de seu pai lhe ter aconselhado o de santa Clara de Coimbra, ela manteve firmes seus propósitos e entrou no de Aveiro. Aí viveu santamente, dando-se a todos os exercícios religiosos, aos jejuns e penitências constantes e aos trabalhos mais modernos da comunidade, revelando sempre espírito caritativo e tão humilde, que a todos edificava. Imolava seu corpo pela conversão dos pecadores.

Faleceu a 12 de maio de 1490, vítima de cruel doença, cujas dores suportou com invencível paciência. Em Portugal sua festa é celebrada a 12 de maio.

Santa Joana, rogai por nós

terça-feira, 11 de maio de 2010

O Ministério de Cura

Jesus veio ao mundo para nos salvar de tudo, para nos curar de toda e qualquer enfermidade: "O Espírito de Deus está sobre mim porque ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me para proclamar aos cativos a libertação e aos cegos a recuperação da vista, para restituir aos oprimidos a liberdade, e proclamar o ano da graça do Senhor" (Lc 4,17c-19).

Como discípulos de Jesus, devemos cultivar em nós algumas atitudes básicas, para o exercício do ministério de cura: 1- Experiência pessoal de Deus; 2- Acolhimento; 3- Abertura aos carismas; 4 - Vivência Carismática; 5- Comunhão com a Palavra de Deus e com a doutrina da Igreja; 6- Postura de fé e de autoridade em Jesus Cristo; 7- Vida de louvor; 8- Fidelidade a Deus e a seu povo; 9- Autêntica e verdadeira devoção a Nossa Senhora; 10- Iniciativa, dedicação, doação e despojamento; 11- Vida comunitária e grupo de oração; 12- Escuta e sigilo; 13- Ser amadurecido na fé.

O Perfil e a Espiritualidade do Ministro de Cura


Ao lermos os evangelhos, contemplamos Jesus, Filho de Deus, sempre a nos ensinar como devemos agir. No seu nascimento mostrou-nos a humildade; aos 12 anos vemos a sua familiaridade com a Palavra, quando pregava aos Doutores da Lei; até os seus 30 anos viveu oculto fazendo a vontade do Pai.

Podemos imagina-lo estudando a Palavra e orando sem cessar, se preparando para se revelar aos homens. Após seu batismo, foi para o deserto para orar e se preparar para exercer seu Ministério, e durante 3 anos de sua vida pública, nos deu exemplos de vida de oração, de pregação ao levar a Boa Nova, de amor e compaixão ao curar os doentes, ao libertar os cativos, ao perdoar os pecados. Ao ficar a sós com os discípulos Jesus os instruía e os enviava em missão. ( Lc 4,31-37; 5,12-15; 56,17-23; 10,1-8).

Jesus é o nosso mestre, é o modelo de vida que devemos seguir. Ele é a razão e o centro do nosso serviço no ministério de cura. À Êle devemos submeter toda a nossa vida, para a glória dÊle devemos servir e com Êle, consumir nossas vidas na construção do Seu Reino.

Como discípulos de Jesus, devemos cultivar em nós algumas atitudes básicas, para o exercício do ministério de cura: 1- Experiência pessoal de Deus; 2- Acolhimento; 3- Abertura aos carismas; 4 - Vivência Carismática; 5- Comunhão com a Palavra de Deus e com a doutrina da Igreja; 6- Postura de fé e de autoridade em Jesus Cristo; 7- Vida de louvor; 8- Fidelidade a Deus e a seu povo; 9- Autêntica e verdadeira devoção a Nossa Senhora; 10- Iniciativa, dedicação, doação e despojamento; 11- Vida comunitária e grupo de oração; 12- Escuta e sigilo; 13- Ser amadurecido na fé .

1- Experiência Pessoal de Deus:


O ministro de cura necessita da experiência pessoal de Deus, que se renova e se sustenta por uma vida de oração constante e diária, pelo estudo orante diário da Palavra de Deus, pela vida sacramental traduzida na participação freqüente, se possível, diária da santa missa e comunhão, e no sacramento da confissão mensal e sempre que sentir necessidade.

2- Acolhimento


O ministro de cura deve acolher o irmão como o próprio Jesus acolheria. Como servo de Jesus, deve ser ministro e discípulo da paz, anunciando, ministrando e transbordando em suas atitudes o Shalom do Pai.

Shalom, para o homem bíblico, significa uma harmonia plena de todo o ser do homem: espiritual, psicológica, física e material. E esse equilíbrio total só pode ser alcançado em Deus . Só nÊle se pode receber o Shalom, se pode obter a paz. A saudação significa todas as bênçãos que alguém pode alcançar. Na verdade, o homem bíblico, ao saudar o outro com este termo, estava desejando para o outro a salvação de Deus. Jesus é o Shalom do Pai, Jesus é a verdadeira paz. É Ele o centro do nosso ministério, é a Ele que devemos levar aqueles que anseiam pela paz. É a Ele, na verdade, que as pessoas estão buscando através de nós, através do nosso ministério. Para sermos ministros e discípulos da paz, precisamos buscar o Príncipe da Paz, alimentarmo-nos dÊle, vivermos nÊle e Êle em nós. Só assim, transbordaremos a Paz que o mundo tanto necessita e seremos instrumentos de reconciliação e pacificação, como São Francisco: " Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz, onde houver ódio..."

É indispensável cultivar em si, uma postura misericordiosa para com o irmão que procura ajuda. Ele vem ferido pelos seus pecados, pelos pecados do mundo, trazendo em si, cegueiras espirituais, ignorância na fé, entendimento, às vêzes, limitado das realidades humanas, revoltas, etc...Nesse contexto, é preciso fazer como Jesus, que primeiramente acolhia e no amor, ia curando as feridas, trazendo para a luz o que estava em trevas, ministrando o perdão e a reconciliação com o Pai, com os irmãos e consigo mesmo, DELICADAMENTE, TERNAMENTE.

3. Abertura aos Carismas

Se somos seguidores de Cristo e se queremos servir nesse ministério, devemos estar abertos à ação do Espírito Santo e deixar que os dons fluam em nós, pois o mesmo Espírito que esteve em Maria é o que esteve em Pentecostes, o mesmo que esteve no Batismo de Jesus, e no exercício de toda a Sua missão.

Quando recebemos a graça do Batismo, recebemos graças inerentes à graça fundamental. É a Trindade que se introduz nas nossas vidas e nos tornamos participantes na vida de Deus. Recebemos também os dons infusos, as virtudes e os carismas. Sobre estes últimos, dedicaremos um capítulo especial nesta apostila.

O ministro de cura deve ser dócil à ação da graça para amar e ser instrumento do poder de Deus para o irmão. Para isso, é necessário que tenha recebido a efusão do Espírito Santo.

4. Vivência Carismática:


É no poder do Espírito Santo que buscamos ser pacificados e podemos ser instrumentos de paz. A Renovação Carismática é desígnio de Deus para os nossos tempos; por isso, precisamos viver radicalmente essa dimensão, servindo à Igreja. Porque precisamos da libertação, da cura, da ciência, da sabedoria e dos milagres de Deus, é que clamamos o poder do Espírito Santo, em meio a um mundo secularizado, marcado pelo materialismo, pelo ateísmo cientificista, pelo hedonismo...mundo onde proliferam inúmeras seitas que desviam o homem do sentido e da experiência da Salvação.

5. Comunhão com a Palavra de Deus e a Doutrina da Igreja


É indispensável ao ministro de cura que direcione o aconselhamento em comunhão plena com a Palavra de Deus e a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana. As fontes seguras para fundamentar o aconselhamento são os documentos da Igreja e o Novo Catecismo. Sugerimos alguns conteúdos, entre vários outros que são importantes para o exercício do aconselhamento, em um capítulo especial nesta apostila.

É necessário uma postura de responsabilidade e seriedade junto às pessoas que se assiste, no compromisso que temos com Deus e com a Sua Igreja.

6. Postura de Fé e Autoridade em Jesus Cristo:

O ministro de cura deve cultivar a fé e a confiança no amor e no poder de Deus, que sempre derrama suas graças, porque ama e quer salvar e santificar seus filhos. Ter plena convicção de que traz em si o próprio Espírito Santo e Seus carismas, recebidos no Batismo e liberados pela efusão do Espírito Santo.

A autoridade é exercida por uma constante comunhão com o Senhor e em Seu nome: "Ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos" (Fl 2,10).

Essa comunhão com o Senhor é conquistada, como já falamos, por uma vida de oração, pela fuga ao pecado( buscar viver em estado de graça) e o desejo de sempre fazer a vontade de Deus. Sabemos ainda que a penitência e o jejum são auxílios eficazes para o ministro de cura exercer sua missão. O próprio Jesus referiu que alguns demônios só são expulsos pela oração e o jejum (Mc 9,14-29).

A penitência nos ajuda a melhor aproveitar das graças de Deus em nossa vida, pois, por ela, exercitamos o domínio sobre nossos impulsos e paixões. É preciso pedir que o Senhor nos ajude a levar uma vida santa. É Êle que nos dá a graça de querermos e agirmos, segundo o Seu Espírito (Fil 2,13).

7. Vida de Louvor:

A exemplo da Trindade, na qual o pai se doa totalmente e nesta doação gera o Filho, e o Filho que devolve tudo ao Pai em louvor e ação de graças, gerando dessa doação mútua de amor, o Espírito Santo, devemos nos abrir a esse movimento contínuo de louvor e amor que liberta e transforma nossas vidas, fortalecendo-nos no combate contra o mal, pois sabemos que vivemos numa contínua batalha espiritual (Ef 6,10-20). Porém, sabemos também, antecipadamente , que a vitória é de Deus. O louvor nos fortalece no combate e na certeza da vitória. A murmuração, a tristeza, o desânimo arrefecem a nossa fé e nos fazem vacilar e até cair, muitas vezes (Josué 6,l-20; Ex l5; l6 ).

8. Fidelidade a Deus e a seu Povo:

Todo batizado deve caminhar em contínua busca de conversão para que reine em sua vida o homem novo, cheio do Espírito Santo, capaz para toda boa obra, que Deus reservou para nós, seus filhos, criados à Sua imagem e semelhança. Onde existe a luz, as trevas são dissipadas. Que reine a luz de Cristo em nossos corações. Só assim seremos instrumentos dóceis nas mãos de Deus, na construção do Seu reino, a serviço dos irmãos.

É necessário deixar o Espírito Santo formar em nós uma nova mentalidade, a mentalidade cristã. Precisamos aprender a discernir dentre as coisas que o mundo oferece, aquilo que é bom e cristão: no lazer, nas leituras, nos meios de comunicação, etc...se quero ser discípulo de Jesus, devo alimentar minha inteligência, meu coração e minha alma com um " bom alimento" , ou seja, de forma coerente com a minha fé e os valores cristãos, pois "a boca fala daquilo que o coração está cheio" (Lc 6,45).

A fidelidade a Deus vai transparecer na vida do ministro de cura pela santidade que ele busca. Por isso, ele deve ter um empenho dobrado em buscar a santidade (Lc 1,74-75).

A nossa defesa e a nossa guarda é a nossa santidade. E a nossa eficácia é a santidade de Cristo que exala em nós.


fonte: Comunidade Shalom www.comshalom.org