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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Nossa Padroeira

Oi gente de Deus!! A paz!!
Mais um post quentinho, e hoje vamos conhecer melhor a história da nossa querida padroeira, Nossa Senhora do Porto da Eterna Salvação.



A invocação de Nossa Senhora do Porto, conforme publicações no assunto, parece ter sido iniciada por volta do ano 500, numa cidade à beira mar, na França e, de lá, foi levada para outros lugares, especialmente para cidades e povoados portuários de diversos países. Assim, a confiança na proteção de Nossa Senhora, com esse título, chegou a Portugal e cruzou os mares em direção ao Brasil.

Provavelmente, existem outras paróquias, tanto no Brasil quanto na Europa, cuja titular é Nossa Senhora do Porto; contudo, a única cidade onde a padroeira é invocada sob o título inédito de Nossa Senhora do Porto da Eterna Salvação parece ser Andrelândia, que, a bem da verdade, nao é cidade litoranêa, pois localiza-se no interior de Minas Gerais.

Historicamente, a capela dedicada a Nossa Senhora do Porto (da Eterna Salvação) de Andrelândia foi construída a partir de 1749, a pedido do fundador da cidade, André da Silveira, português de berço, juntamente com outros moradores do lugar. Naquela época, a região era conhecida apenas pelas indicações "Turvo Grande e Pequeno" - nomes dos dois rios que cortam o município, entre os quais erigiu-se a capela.

A imagem da Padroeira, que hoje se encontra no altar-mor da igreja matriz, tem as seguintes características físicas: representa a Virgem Maria Mãe, alta e magra, com tez clara e feições européias, de pé, em posição majestosa. Olhos direcionados para frente, num ponto não muito distante, com o Menino Jesus sentado em seu braço esquerdo e voltado para frente, em apresentação.

O Menino, com apenas alguns panos cobrindo-lhe do abdome até os joelhos, fixa o olhar num ponto mais próximo, abaixo, à direita. A Virgem veste uma túnica longa, de cor creme, permitindo-lhe aparecer apenas as mãos e a ponta dos pés descalços. Por cima, um manto espesso, que vai até o chão, em azul-fino, cobre-lhe a cabeça por sobre um véu de tonalidade mais clara, deixando parte dos cabelos à vista. Esse manto tem, além do azul, motivos florais em ouro, espalhados em toda a sua extensão, e uma faixa larga, em cores invertidas, fazendo o contorno de sua barra. O avesso é vermelho-salmão. Na parte da frente, o manto foi suspenso com o braço esquerdo, para servir de colo ao Menino Jesus. Com a mão direita, ela apóia o Filho, como para evitar que se incline para frente. Analisando a projeção dinâmica da estátua, tem-se a clara idéia de que a Virgem não está apenas mostrando o Filho, mas, oferecendo-O. Ambos são ornados de coroa cupular prateada, encimada por uma cruz.

A imagem, que tem 1,30 m de altura, está apoiada em um pedestal quadrangular de 40 cm de altura, trabalhado em estilo rococó, tambem de madeira, na cor branca, com detalhes em ouro.

Em 1999, mais exatamente do dia 31 de maio a 12 de agosto, a imagem da padroeira, pela primeira vez, esteve fora da cidade, tendo sido levada a um restaurador em São João del Rei, que recuperou as partes carcomidas por cupins e recobrou-lhe as cores originais de encarnação que, conforme registros, deve ter oitenta anos. A propósito, o restaurador confirmou ter retirado tres camadas de tinta até atingir as cores originais e que a escultura é toda em pinus europeu, uma madeira comum, não muito resistente ao ataque de cupins, mas, considerada nobre e bem superior ao pinus americano.

Na paróquia, não existe documento algum que esclareça acerca da chegada da imagem da Padroeira em Andrelândia. Acredita-se, porém, que houve uma imagem menor, de cujo destino não se tem notícia e que, de acordo com a tradição oral, a imagem atual foi encomendada por Militão Honório de Carvalho, antigo proprietário da Fazendas das Bicas, e que essa imagem, trazida de Portugal, chegou em Andrelândia no dia 10 de julho de 1881.

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